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Arquiteta brasileira arremata casa histórica na Itália por 1 euro

23 fev 2022 | Living

Por Redação

Paula Magalhães arrematou uma casa em Taranto, cidade turística da Itália, e promete dar um toque de brasilidade à residência dos sonhos

Paula Magalhães arrematou uma casa na Itália por 1 euro (Foto: Reprodução/Instagram)

Já imaginou comprar uma casa na Europa pela bagatela de 1 euro? Parece até furada, mas a brasileira Paula Magalhães não se arrepende de ter pesquisado sobre as famosas ofertas de residências em pequenas cidades europeias. Em fevereiro, a arquiteta contou nas redes sociais que arrematou uma casa histórica em Taranto, cidade turística da Itália, e promete dar um toque de brasilidade à residência dos sonhos.

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Do Brasil à Itália

Tudo começou quando a mato-grossense de 35 anos decidiu se mudar por tempo indeterminado para Itália em busca da cidadania italiana e se apaixonou uma casinha “abandonada” em Calábria, no sudoeste do país. A partir daí, Paula decidiu reformar o espaço e descobriu a paixão por transformar e preservar a memória de casas históricas.

Ainda nesse processo, Paula se deparou com um anúncio bom demais para ser verdade. Há cerca de 100 km de onde estava, na cidade de Taranto, havia uma oportunidade para concorrer a uma casa no centro da ilha por apenas 1 euro — valor é simbólico já que os candidatos têm que apresentar um projeto residencial para o imóvel, garantir a reforma dele e fixar residência no local, se escolhidos.

A casa de 1 euro tem uma fachada para “Via Duomo”, rua principal do Centro Histórico de Taranto, e outra fachada para uma pracinha (Foto: Reprodução/Instagram)

“O desafio maior eram as pessoas que ficavam falando que eu não ia conseguir, por ser mulher, estrangeira, e ainda porque escolhi a casa mais disputada, na rua principal da cidade”,

revelou Paula em entrevista à Casa Vogue.

O edital trazia nove casas na cidade de Taranto. Paula queria arrematar um sobrado de frente para a rua, com vista para o encontro das bacias águas do Mar Jônico, uma localização privilegiada. A vizinhança era habitável, segura, e o local um sonho. Logo, era a casa mais disputada do edital, com 27 candidaturas.

Planta da Casa Tropicale (Foto: Reprodução/Instagram)

Foram dois meses de trabalho para criar um projeto que preservasse a fachada histórica, revitalizando todo o interior, com inspiração no Pantanal Sul-mato-grossense — mais especificamente Campo Grande (Mato Grosso do Sul), onde a Paula nasceu e viveu por 30 anos.

Para a Casa Tropicale, como apelidou a residência, Magalhães focou nas próprias raízes, ressaltando as memórias da propriedade. Ela optou por usar uma pedra típica da região italiana, deixar as janelas e esquadrias em madeira e ferro, além de restaurar as molduras. “Se eu estou em uma casa que tem mais de 200 anos, não posso passar um reboco na parede e apagar tudo, eu gosto de preservar a memória”, conta em entrevista à Casa Vogue.

Projeto da Casa Tropicale (Foto: Reprodução/Casa Vogue)

Em novembro de 2021, poucos dias antes do próprio aniversário, Paula recebeu a notícia de que o projeto elaborado por ela tinha conquistado a maior quantidade de pontos e poderia ser executado.

Com cerca de 80 m², a Casa Tropicale de Paula Magalhães tem três andares (além de um possível porão subterrâneo) e conta com três quartos. O trabalho da arquiteta foi feito baseado em uma planimetria datada de 1959, já que a brasileira ainda não pode abrir o local e ver como realmente está dentro.

Sorteio, edital ou leilão?

Estão se popularizando editais que oferecem moradia fixa pelo preço simbólico de 1 euro em cidades com população predominantemente mais idosa. São locais que, na maior parte, foram destruídos no período das Grandes Guerras e reconstruídos de novo. Em Taranto, por exemplo, hoje vivem cerca de 200 mil habitantes, e é destino de viajantes durante o verão, devido às belezas naturais da região, que fica no sul da Itália.

Região de Taranto (Foto: Reprodução/Blog Dicas da Itália)

A cidade foi perdendo a população no final dos anos 1900, devido à construção de uma ponte que liga a parte velha à nova, mais atrativa para os jovens e a população economicamente ativa da região. Com isso, as casas acabaram ficando abandonadas e, na tentativa de repovoar a região, de tempos em tempos as prefeituras lançam os editais das casas de 1 euro.

As casas são bem concorridas e o que determina o novo proprietário é a quantidade de pontos que o projeto ganha segundo os requisitos propostos pelo edital. Para participar do concurso é preciso comprovar a iniciativa de investir no imóvel e transformá-lo, sempre respeitando os limites. Além da documentação, Paula teve que assinar um seguro, como um cheque-caução de mil euros, pois caso ela abandonasse o projeto ou a casa, teria que pagar.

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