Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Entre em contato conosco!

Anuncie no site

Comercial:

[email protected]
Telefone: +55 (85) 3222 0801

Como é o processo de compra de uma bolsa Birkin ou Kelly da Hermès

24 abr 2021 | Moda

Por Jacqueline Nóbrega

As bolsas, especialmente os modelos Birkin e Kelly, são as peças mais cobiçadas da Hermès. Adquirir um modelo desse, contudo, exige muito mais que uma farta conta bancária. (Foto: Reprodução/ Hermès)

A grife francesa Hermès nasceu em 1837 e se mantém até os tempos atuais fiel ao modelo artesanal de produção de itens super cobiçados e valiosos, sem abrir mão do propósito que guia todas as ações. A brand concentra a maior parte da produção na França e possui 311 lojas em 45 países, incluindo no Brasil, sendo duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. De selaria para cavalo até itens de decoração, passando por porcelana e roupas recebem o selo Hermès, mas as bolsas, especialmente os modelos Birkin e Kelly, são as peças mais cobiçadas da marca. Adquirir um modelo desse, contudo, exige muito mais que uma farta conta bancária.

LEIA MAIS >> Jailson Marcos se inspira no barroco e na estética do cangaço para criar sandálias atemporais e agênero

Bela Gil cria coleção em parceria com marca vegana

Empresária e curadora do Brecho Jords, Jordana Di Paula se define também como intermediadora de grifes internacionais no Brasil. Ela vende peças de luxo de marcas como a própria Hermès, além de Chanel, Dior e Bottega Veneta, e conta um pouco dos bastidores do seleto universo de clientes da Hermès.

Critérios misteriosos

As bolsas da grife são produzidas manualmente e demoram horas para serem confeccionadas. Por ter artesãos especialistas, a marca não consegue ter produção em massa, então a busca por produtos é muito maior do que a quantidade de itens disponíveis.

“Eles querem vender a bolsa para uma cliente que já tem uma relação com a marca. Eles têm tantos produtos à venda, e a cliente chega lá e só quer a bolsa porque tá bombando. Isso tira um pouco do princípio da grife, que é valorizar todos os outros produtos. Se chega um cliente que já compra outros modelos de bolsa, decoração para casa e quer essa bolsa [Birkin ou Kelly], eles vão vender muito mais facilmente do que para uma cliente que não tem esse histórico”, pontua Jordana.

A empresária explica, contudo, que essa é uma percepção dela, uma vez que a marca faz mistério sobre os reais critérios utilizados para liberar uma bolsa. “Eles não esclarecem isso em nenhum lugar, nenhum vendedor nunca confessa nada disso. Eles falam que a pessoa interessada está na lista de espera e vão entrar em contato. Pode acontecer deles ligarem e terem a bolsa disponível e pode acontecer de você passar anos aguardando e não conseguir. Tem todo um mistério que gira em torno da marca que infelizmente nós não conseguiremos saber. Ou felizmente, porque é isso que faz ela ser tão desejada”, argumenta. 

Variações ainda mais caras

Algumas variações dos modelos Birkin e Kelly, em especial as que são feitas partir da pele de crocodilo, são ainda mais raras e caras. “O rei dos exóticos, que obtém os preços mais altos no mercado, é o crocodilo de Porosus. A pele é adquirida da barriga dos Crocodylus Porosus, que a Hermès cultiva na Austrália. Ele tem minúsculos poros em cada escama, o que dá nome a espécie”, detalha Jordana.

Algumas variações dos modelos Birkin e Kelly, em especial as que são feitas partir da pele de crocodilo, são ainda mais raras e caras. (Foto: Reprodução/ Hermès)

Segundo ela, embora não seja uma pele perfeitamente simétrica, é conhecida por ter escamas com qualidade normalmente batizada pelo nome de três “S”. “Pequena, quadrada e simétrica, ou small, square e symmetrical, o que a torna tão procurada pelos colecionadores”, explica a curadora. Um das peças mais raras que Jordana conseguiu encontrar foi uma mini Kelly Croco Rosa. 

Desapegos

Por meio do Brecho Jords, Jordana vende peças de luxo, principalmente Hermès, Chanel e Dior, além de Bottega Veneta. “Eu só trabalho com desapegos, então não sou personal shopper. Dependo de fornecedoras que vão vender os produtos delas. Independente de ser novo ou usado o importante é ser impecável”, detalha. 

Ela garante a originalidade do produto com a sua curadoria. “Eu prezo por conhecer a fornecedora, vender produtos dos quais eu consumo, então posso comparar com os meus e, principalmente, ter nota fiscal de compra no nome da cliente. Não vendo se a nota for no nome de terceiros”. 

Bolsa do modelo Birkin vendida pelo perfil do brechó de Jordana Di Paula no Instagram (Foto: Reprodução/ Instagram)

A empresária diz que sempre gostou de moda e do mercado de luxo e passou a pesquisar a fundo sobre o assunto. O Brecho Jords surgiu por acaso, quando um amiga pediu para ela vender uma bolsa. Hoje, Jordana é acompanhada por mais de 38 mil seguidores, tem clientes como Nati Vozza, Francesca e Layla Monteiro e se destaca, além das vendas, por compartilhar de como saber se uma bolsa de luxo é verdadeira e até como cuidar dos acessórios de luxo. 

Publicidade

VEJA TAMBÉM

Publicidade

PUBLICIDADE