21 out 2024 | Moda
Com um mergulho na estética nordestina e no diálogo entre manualidade e modernidade, David Lee cativou o público do SPFW N58 neste domingo (20). A coleção “Leste, Oeste” foi uma imersão em narrativas afetivas e culturais que atravessam o sertão e o litoral, apresentando rendas, crochês e alfaiataria repaginada. Com um olhar voltado aos bastidores do fazer artesanal, o designer cearense trouxe à passarela a beleza do processo criativo, exaltando o papel das mãos que transformam matéria-prima em joias têxteis.
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“O verdadeiro cartão postal do Nordeste, não são as paisagens bonitas de praia, são suas cores em artesania e sua gente. É gente que fala rápido e muitas vezes embolado, mas que explica como dar nó em punho de rede pra você se balançar – isso é uma arte. A nossa vista deslumbrante é feita com as mãos de sonhar, foram elas que sempre nos deram tudo: força e delicadeza – a combinação perfeita da genialidade”, comentou o diretor criativo da marca.
Os 22 looks apresentados mostraram uma passarela cheia de referências e qualidade. O crochê, tratado como uma verdadeira iguaria nordestina, esteve no centro da coleção. As rendas de bilro e redendê, símbolos tradicionais do artesanato da região, brilharam em peças que exaltaram a manualidade.
Inspirando-se nas memórias afetivas da orla de Fortaleza, David Lee também trouxe uma estética que reflete a bravura dos jangadeiros. Com uma proposta inovadora, a coleção incorporou materiais diferenciados, como corda náutica em crochês robustos e couro sintético na alfaiataria.
Já as sandálias Kenner, escolhidas como calçado oficial do desfile, reforçaram essa conexão com a moda urbana. Assista ao vídeo:
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