Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Tão essencial quanto evitar aglomerações e intensificar a higienização em tempos de pandemia de coronavírus, é investir em uma alimentação saudável que fortaleça a imunidade do organismo. Com a ajuda da nutricionista Mirella Freire, o Site MT separou algumas dicas essenciais para fortalecer o corpo com responsabilidade. Confira:

Invista em frutas e vegetais

“Consuma, pelo menos, três porções de fruta por dia e capriche nos vegetais verdes”, aconselha a médica. As frutas e verduras são alimentos ricos em fitoquímicos, substâncias que dão mais resistência ao organismo.

LEIA MAIS >> Como se prevenir do coronavírus sem entrar em pânico

Grupo LVMH produz álcool gel para doar a hospitais franceses

Também são fontes de diversas vitaminas. A vitamina C, por exemplo, impulsiona a produção de glóbulos brancos, células que combatem estruturas estranhas no corpo. As frutas mais indicadas por Mirella são laranja, limão, acerola, goiaba, tangerina e caju.

Além de fortalecer os ossos, a vitamina D amplia o sistema de defesa, auxiliando na prevenção de doenças. Sua maior fonte é o sol, podendo ser encontrada também em alimentos como ovo, leite integral, queijos, carnes, fígado, peixes gordurosos, e em suplementos. “Tome sol sempre que possível, mas cuidado com o excesso ou mega doses de suplementos, pois eles podem prejudicar a imunidade”, alerta a nutricionista.

Minerais essenciais

O ferro, selênio e zinco são três minerais essenciais para a imunidade do corpo, segundo Mirella. O ferro atua na produção de colágeno e elastina, elementos importantes para a manutenção do sistema imunológico. O elemento pode ser encontrado em alimentos de origem animal e vegetal.

“Atenção para mulheres em ciclo menstrual e/ou que fazem restrição de carne vermelha na dieta: o ferro de origem animal tem melhor absorção. Para aumentar a absorção de ferro de origem vegetal, adicione sempre um alimento forte em vitamina C”, pondera.

Além da carne vermelha, carnes de aves e de peixe e mariscos crus também são ricos em ferro. Entre os alimentos de origem vegetal, estão: folhas verde-escuras (exceto espinafre), como agrião, couve, cheiro-verde; leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha e ervilha); grãos integrais ou enriquecidos; nozes e castanhas, rapadura e açúcar mascavo.

Já o selênio, que contém importante ação antioxidante, pode ser encontrado em grandes quantidades na castanha do pará. “Uma castanha por dia já ultrapassa as necessidades diárias. Se quiser reforçar, consuma, no máximo, três unidades por dia. Outras fontes são alho, cebola, trigo, gema de ovo e sementes”, recomenda.

Por último, vem o zinco, que atua no funcionamento dos linfócitos, células de defesa do organismo. Ostras, carnes, sementes de abóboras, amêndoas, nozes e amendoim estão entre os alimentos que contêm o mineral.

Alimentos complementares

Para aumentar a defesa imunológica, Mirella sugere inserir na dieta alimentos complementares que potencializam os benefícios. 

São eles:

• Probióticos: ajudam a melhorar a flora intestinal e previnem alergias. Podem ser consumidos em forma de kombucha ou kefir. Os Bio-MAMPs são fragmentos de probióticos que estimulam a imunidade (precisam ser prescritos por um nutricionista)
• Prebióticos: essas fibras não-digeríveis funcionam como alimento para as bactérias intestinais, ou seja, os probióticos. Encontrados em legumes, feijão, aveia e frutas.
• Leveduras nutricionais: ricas em proteína, fibras, minerais e vitaminas do complexo B, como a B12, importante para a complementação da dieta de vegetarianos e veganos. Geralmente encontrada na forma de pó ou comprimido.
• Fitoterápicos: a dica é investir em um medicamento manipulado com ingredientes como aveia, alcaçuz, romã, oliveira, equinacea, alho, gengibre, kaloba, entre outros.
• Suplementos e shots de imunidade (sujeitos à orientação de um nutricionista)

Hábitos diários

Paralela à alimentação, há certos hábitos imprescindíveis para garantir o bem-estar físico e mental. Evitar dietas restritivas e/ou exercícios extenuantes é a primeira sugestão de Mirella Freire. “É uma situação de estresse para o corpo que afeta negativamente o sistema imunológico. Principalmente quando há restrições de carboidratos, pois o sistema imunológico utiliza glicose como fonte de energia”, explica.

Uma boa noite de sono também é fundamental. Por fim, hidratação. Água é sempre uma ótima ideia.