16 mar 2020 | Notícias
Até esta segunda-feira (16), foram confirmados 234 casos de coronavírus no Brasil. No Ceará, chega a nove o número de pessoas infectadas com a doença que já atinge mais de 50 países. Diante de dados alarmantes, entrar em pânico não ajuda, sabia? Estocar álcool gel em casa também não. É o que apontam o médico infectologista Robério Leite e a psiquiatra Mara Crisóstomo, em entrevista ao Site MT.
De acordo com os especialistas, a maneira mais segura de fugir do coronavírus atualmente é adotar medidas preventivas e relaxar a mente, afinal de contas o pânico generalizado não contribui para nada. “O pânico é uma resposta extrema do organismo de se preparar para ‘luta e fuga’ diante de uma situação de perigo iminente. Este contexto resposta de luta e fuga, impede a tomada de medidas efetivas para resolução dos problemas’, explica Mara.
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Para enfrentar a situação atual, ela enfatiza que é indispensável que as pessoas ajam o mais rápido possível:
“Evitar aglomerações, seguir os protocolos de higiene e acompanhar os informes dos profissionais e das instituições de saúde. E, em tempos de redes sociais, é muito importante evitar ouvir excessivamente vídeos, áudios e ler textos de fontes não confiáveis para não agravar a sensação de pânico”.
A higienização frequente das mãos, segundo Robério Leite, é o primeiro passo para prevenir efetivamente a contaminação com o vírus. Esse processo, que deve ser repetido várias vezes ao dia, pode ser feito com água e sabão, abrangendo a limpeza de todas as áreas da mão – incluindo dedos, unhas, punho, palma e dorso.
“Não há necessidade de usar álcool em gel em casa“, alerta o médico, que recomenda o uso do álcool gel apenas em ambientes externos onde há contato frequente com superfícies e outras pessoas. Por isso, não faz sentido estocar o produto nas residências.
Em geral, indica Robério, deve-se evitar qualquer tipo de contato das mãos com superfícies estranhas. “Porque esse vírus respiratórios permanecem um tempo enquanto a superfície não for higienizada adequadamente”, diz.
Na hora de espirrar, por exemplo, a dica é cobrir a região da boca e do nariz com a dobra do cotovelo, ao invés da mão. Assim, diminui a probabilidade de contaminação, devido ao isolamento da região.
Aglomerações devem ser descartadas. Visitas ao hospital, principalmente, podem ser totalmente virtuais. “Ir somente se for realmente necessário”, comenta.
E que tal trocar a ida ao restaurante por um delivery? Se esta for a sua opção, Robério lembra que é essencial higienizar bem as mãos após entrar em contato com os recipientes.
“Tudo indica que a gente vai enfrentar um aumento de casos no Ceará e no Brasil como um todo. É importante que se adote o máximo de precaução para que o excesso de demanda do serviço de saúde não seja ultrapassado de forma que ele entre em colapso”, conclui.