24 jul 2023 | Notícias
Conforme a lei, o uso do símbolo será opcional e não substitui a apresentação de documentos comprobatórios
Na última quinta-feira (20), o governo federal oficializou a Lei 14.624 que torna o uso do cordão com desenhos de girassol, símbolo nacional para pessoas com deficiências ocultas, ou seja, aquelas que podem não ser percebidas de imediato, como autismo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), surdez, diabete, asma, limitações intelectuais e deficiências cognitivas, entre outras. O uso é opcional e não substitui a apresentação de documentos comprobatórios.
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O exercício dos direitos da pessoa com deficiência não está condicionado ao acessório, mas é uma forma de identificar e priorizar o atendimento preferencial para quem não tem uma deficiência percebida de imediato, além de promover uma maior conscientização e respeito as diferenças.
De acordo com Daniela Botelho, presidente da Associação Fortaleza Azul (FAZ) e mãe de autista, para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras deficiências ocultas, o cordão de girassol é importante e é mais uma opção de identificação. Mas é fundamental existir uma ampla divulgação para o público, visto que o desconhecimento ainda é muito grande. “Infelizmente, é recorrente o relato de pessoas com deficiências ocultas que sofrem constrangimento em filas preferenciais por não terem uma deficiência aparente. Tanto o cordão do girassol como o do quebra-cabeça, que é mais conhecido, colaboram nesse sentido de informar as pessoas”, explica Daniela Botelho.
Em Fortaleza, além do trabalho de acolhimento e inclusão junto às pessoas autistas e suas famílias, a FAZ, em parceria com profissionais de saúde, entidades governamentais e empresas, busca realizar ações que levem informações acerca do TEA para a população geral, para que, a partir do conhecimento, possam se conscientizar e diminuir os estigmas sobre as pessoas que possuem a condição.