27 jan 2020 | Notícias
As manchas de óleo que surgiram em centenas de pontos do litoral nordestino em 2019 causaram um impacto negativo no meio ambiente. Porém, uma iniciativa está buscando minimizar esses danos. Cerca de 18,4 toneladas de óleo coletadas pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) foram enviadas para a fábrica da Apodi, em Quixeré, e transformadas em combustível alternativo para a fabricação de cimento.
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Segundo o Diretor Industrial da Cimento Apodi, João Butkus, a melhor forma de evitar que o resíduo de petróleo se destine aos lixões é transformá-lo em energia para indústrias, como já está sendo feito em alguns estados.
“Aqui no Ceará, a Apodi já recebeu mais de 18 toneladas de resíduos contaminados com óleo (areia, madeira e outras itens misturadas ao petróleo) e transformou em combustível alternativo para a produção do cimento”, afirma.
Além do petróleo, outros produtos que poderiam afetar a natureza, se descartados de forma incorreta, já são utilizados como combustível alternativo na fábrica Apodi, como pneus picados, biomassas, restos de borrachas, solventes e lodos.
“Fazemos uma mistura de vários materiais para termos um produto homogêneo, com qualidade e parâmetros controlados”, explica João Butkus.
Segundo ele, as ações da Companhia são desenvolvidas e pensadas com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Nós que pertencemos ao setor industrial, além de evitar atitudes que possam degradar o meio ambiente, temos obrigação de planejar ações sustentáveis para contribuir com um planeta mais saudável”, destaca João.
Além das praias do Nordeste, as manchas de óleo afetaram estados do Sudeste e, voltaram a aparecer em 2020 no Ceará.