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O governador Camilo Santana assinou, nesta terça-feira (20), a ordem de serviço para a construção da usina de dessalinização em Fortaleza, projetada para ser a maior do País. A autorização marca os 50 anos de atuação da Cagece. De acordo com o chefe do Executivo Estadual, com esse projeto pioneiro no Brasil, o Ceará passará a contar, além de fontes tradicionais de água e da transposição do Rio São Francisco, com a água do mar dessalinizada própria para consumo humano. A expectativa é que a usina comece a produzir água dessalinizada em 2025.

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Camilo Santana assina memorando de entendimento para instalação da Usina de Itataia

O empreendimento terá capacidade de produção de água de 1 m³/s e será instalada na Praia do Futuro, com linhas adutoras de água tratada que entregarão os volumes produzidos nos reservatórios do Morro Santa Terezinha e da Aldeota. Com isso, a oferta de água na Capital e Região Metropolitana será crescerá em 12%, beneficiando cerca de 720 mil pessoas em Fortaleza, abrangendo a área dos bairros Papicu, Varjota, Cidade 2000, Praia do Futuro, Caça e Pesca, Cais do Porto, Serviluz, Vicente Pinzón, Dunas, Aldeota e adjacências.. 

“É um dia muito importante para Fortaleza e para o Ceará. É um passo histórico que nós estamos dando. É o Ceará inovando e trazendo para cá, com a parceria privada, a maior usina de dessalinização de água do mar do Brasil”, comemorou Camilo Santana, destacando que o Governo do Estado vem buscando alternativas para atravessar períodos de seca e garantir água potável para todos os cearenses.

Além do governador, estiveram presentes na solenidade, o secretário das Cidades, Zezinho Albuquerque; o presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neuri Freitas; e representantes do consórcio Águas de Fortaleza, integrante da Parceria Público-Privada (PPP).  A solenidade foi transmitida ao vivo nas redes sociais do Governo do Estado. 

Histórico de secas

Na ocasião, o presidente da Cagece, Neuri Freitas, relembrou que o projeto é fruto de iniciativas lideradas em 2015, quando o Ceará enfrentava uma severa crise hídrica. “Foram pensados dois pontos principais. Um era diversificar a matriz hídrica. O segundo era buscar recursos da iniciativa privada para ajudar nessa construção, na evolução de todos os projetos de infraestrutura do Estado. E nós já começamos a trabalhar nesse projeto nos anos de 2016 e 2017”, contou.

As obras da usina de dessalinização serão realizadas em um área de 2,4 hectares, por meio de Parceria Público-Privada (PPP) com o consórcio Águas de Fortaleza, formado pelas empresas Marquise S/A, PB Construções LTDA e Abegoa Água S/A. Com 30 anos de vigência, a concessão possibilita que o consórcio Águas de Fortaleza seja responsável pela construção, operação e manutenção das unidades integrantes dos sistemas físicos, operacionais e gerenciais de entrega de água potável pelas ligações até os pontos de entrega, seus respectivos instrumentos de medição e a disposição final dos rejeitos gerados.

“A empresa vai fazer todo o investimento, que vai ficar em torno de R$ 500 milhões, e a Cagece tem o compromisso de comprar essa água para, exatamente, atender a população, garantindo que não falte água na Capital”, explicou Camilo Santana. O total é de R$ 3 bilhões em contraprestações, pagas apenas a partir de quando a usina entrar em operação.