12 out 2020 | Notícias
Natural do Acre, o artista Fernando França já é considerado cearense de coração. Morando em Fortaleza desde 1983, ele é desenhista, pintor e mestre em literatura brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Em entrevista ao Site MT, Fernando conta os fatores que despertaram o desejo pelo mundo dos pincéis e fala sobre a exposição “Veredas” em parceria com Vando Figueiredo e Carlos Lebran.
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“A vontade de trilhar o caminho das artes floresceu ainda na minha infância, a partir do meu contato com as histórias em quadrinhos. O fascínio pelos desenhos era imenso, e eu passava horas, a princípio, copiando os traços de diversos artistas, como Alex Raymond, Burne Hogarth e Steve Ditko, dentre outros”, diz.
Hoje, a grande inspiração do artista vem da natureza, daí o desenvolvimento da série “Encantes Amazônicos”, que inicialmente iria ser exposta na Europa, mas teve que ser adiada em razão da pandemia. “A série versa sobre o universo mitológico da Amazônia. Ela passa a ser exposta em momento muito significativo, em razão da catástrofe ambiental que acontece no Brasil”, diz.
“Procuro despertar as sensibilidades para a imensa riqueza cultural, no sentido amplo da palavra, resguardada pelos habitantes da floresta e, evidentemente, para a importância da preservação desse universo”
Em 2020, o confinamento imposto pela pandemia do novo coronavírus, levou Fernando a produzir a série “Anotações de um Viajante”, em que ele representa pictoricamente paisagens de lugares onde andou ao redor do mundo.
“Assim, explicito a imensa falta que nos faz o ‘lado de fora’ desse mundo. Contudo, entendo que a verificação mais importante trazida pela pandemia, e espero realmente que tenha sido assimilada indefinidamente por muita gente que não se dava conta, foi o fato da arte ser imprescindível para o ser humano”, reflete.
Fernando, atualmente, apresenta obras na exposição “Veredas” que também conta com artes de Vando Figueiredo e Carlos Lebran. “Bom, estou bastante contente de voltar a expor depois de tanto tempo enclausurado. A percepção do espectador frente à obra física é insubstituível”. A mostra segue até o dia 15 de dezembro, com entrada gratuita, no Espaço Mostra Iguatemi.