2 ago 2022 | Notícias
Tombada pelo Iphan, a cidade tem construções que unem memórias históricas e afetivas
Por Vanessa Madeira*
Passear pelas ruas de Aracati, município na região litorânea do Ceará, é como se transportar para o passado. Casarões, igrejas, praças e mercados que datam da fundação da cidade, no século XIX,
permanecem preservados até hoje, guardando grande parte da memória histórica e afetiva do Estado. Todo o conjunto arquitetônico e paisagístico local, formado por mais de 2 mil construções, é, inclusive, tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2001.
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A proteção e a valorização desse acervo são o foco de um conjunto de ações de requalificação desenvolvido pela Prefeitura de Aracati nos últimos anos. O projeto, cujo investimento gira em torno de
R$ 15 milhões, teve início com a requalificação de vias e dos famosos becos do Artesanato, da Alegria e
das Flores, que passaram por obras de pavimentação, iluminação pública e paisagismo.
O trabalho foi coordenado pela primeira-dama do município – além de arquiteta e urbanista – Gláucia Maia. “Adotamos um projeto paisagístico no Centro Histórico, com vasos decorativos na Rua Grande, a principal da cidade, canteiros centrais renovados e becos revitalizados. Esta ação foi o suficiente para incentivar nos moradores o desejo de melhorar os seus imóveis, e muitos fizeram isso por conta própria, plantando árvores ou adotando vasos e canteiros na própria rua”, afirma o prefeito de Aracati, Bismarck Maia.
Imóveis como o Teatro Francisca Clotilde, o Aracaty Clube e o casarão do Barão de Messejana também foram restaurados e devolvidos à população. Este último se transformou no Espaço das Artes da cidade, equipamento inaugurado no fim de 2020 e dedicado à realização de exposições e eventos culturais. “Em breve, vamos apresentar um novo projeto para a casa onde viveu o escritor Adolfo
Caminha”, destaca Maia.
O prefeito reforça que, embora seja lembrada pelas atrações naturais, a exemplo da praia de Canoa Quebrada, a cidade guarda pedaços cruciais da história cearense. “Resgatar o patrimônio histórico e
as nossas tradições abre um amplo leque de possibilidades de desenvolvimento e de negócios, aumentando a disponibilidade de atrativos para os visitantes e, consequentemente, tempo de permanência”.
*Este conteúdo foi originalmente publicado na Revista Márcia Travessoni #20