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Retomada econômica requer união entre os setores público e privado, considera Élcio Batista

14 maio 2020 | Notícias

Por Redação

O secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Ceará, Élcio Batista, participou, nesta quinta-feira (14), de uma videoconferência do Grupo de Líderes Empresariais (Lide Ceará). Na ocasião, ele destacou a importância do distanciamento social para evitar a proliferação do novo coronavírus e reforçou a importância da união entre os setores público e privado para a retomada econômica do estado.

De acordo com o secretário-chefe, a parceria firmada entre os setores fará com que a retomada econômica seja pujante. O processo, acredita, necessitará de estratégia e coordenação dos governos. “Sempre entendi que o setor privado tem que trabalhar junto com o público, e que os dois têm que navegar juntos. Assim, conseguiremos superar a crise”, pontuou. Ele estima que atualmente 580 mil pessoas trabalham em atividades que foram suspensas, e 890 mil atuam nas que foram liberadas.

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Ainda segundo Élcio Batista, a pandemia impacta negativamente aspectos sociais sociais e econômicos. O retorno das atividades – indústria, comércio e serviços – frisa, dependerá da situação em que o estado do Ceará como um todo se encontrará daqui a alguns dias. O plano desenvolvido pelo Grupo de Trabalho Estratégico, narra, tem quatro ciclos e está baseado em torno das cadeias produtivas, para que equilibrar demanda e oferta.

Para definir os grupos que retornarão gradualmente, são analisados os riscos sanitários, que vão de baixo a alto, e os critérios baseados em aspectos socioeconômicos, que também são observados impactos negativos. “A Secretaria da Saúde (Sesa) analisa o número de leitos de UTI disponíveis, óbitos e casos. Quando a curva diminuir, é o momento da retomada econômica”, afirma.

“Se fizermos isso (unir os setores público e privado) juntos, o estado do Ceará pode se favorecer, pela posição geográfica, pelo porto, aeroporto. Nós temos a maior rede de fibra ótica do país. O avanço daqui pode ser mais veloz, só depende da gente”, explica.

Medida preventiva

Élcio Batista reforçou a importância do distanciamento social como uma forma de evitar a proliferação do novo coronavírus. Ele pontua que a medida preventiva é a única alternativa encontrada até agora para que a doença não contagie mais pessoas, já que não ainda não há vacina. “Os países que não seguiram isso (distanciamento social), estão pagando um preço elevado e continuarão pagando”, destaca.

Conforme o titular da Casa Civil, o Brasil tinha uma vantagem comparativa em relação aos demais países, já que a doença veio alguns meses depois. Para o secretário-chefe, nesse ínterim deveria ter sido adotada uma série de ações no sistema de saúde para que este estivesse preparado para quando a covid-19 chegasse, o que não ocorreu.

Unidades de Terapia Intensiva

“Quando a doença começou, a OMS (Organização Mundial da Saúde) investigou e, em janeiro, declarou que era uma epidemia; em fevereiro, uma pandemia. Fizemos um estudo em janeiro deste ano. Podíamos ter nos preparado muito antes, comprando EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), testagem rápida, montando UTIs, já que sabíamos os impactos negativos”.

Ele salientou que o Governo do Estado montou em 60 dias quase 500 leitos de UTI, mais do que existia no setor público de saúde em janeiro de 2019. Tirando o Hospital Regional do Cariri, o de Sobral e o do Sertão-Central, ressalta Élcio Batista, o Ceará não tinha mais leitos de UTI no interior, e a Região Metropolitana não tinha nenhum.

“O setor privado de saúde só tem UTI em Fortaleza, sendo que atende todo o estado. Imagine quando chega o novo coronavirus, que aumenta a demanda. O que se faz quando não tem condição de ofertar leitos?”, questiona.

Presidente do Lide Ceará, Emília Buarque, comandou a videoconferência realizada nesta quinta-feira (14). (Foto: Reprodução)

Retração

De acordo com Élcio Batista, devido à pandemia, o Ceará teve uma queda de arrecadação de 40% na arrecadação de impostos em abril, retração superior a março, quando o decréscimo foi de 20%. O fato, diz o secretário-chefe, compromete a capacidade de investimentos do estado. Os servidores e fornecedores, no entanto, serão pagos em dia, garante.

“O Ceará sobrevive basicamente do ICMS, e as prefeituras de ISS. No bolo tributário, a União fica com 70%, o estado com 20% e os municípios com 10%. Nós, que estávamos mais organizados, vamos perder poupança, que era para investimento. Precisamos de auxílio da União para aumentar o nosso espaço fiscal e para sermos a alavanca. Para a economia funcionar bem, deve-se ter muita confiança. As pessoas têm que estar motivadas, não cheias de incertezas”.

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