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Com as altas temperaturas, o cuidado deve ser redobrado; veja dicas

Basta o verão chegar para que boa parte das pessoas só pense em um refrescante banho de mar ou de piscina para aliviar o calor gerado pelas altas temperaturas; já outras, aguardam ansiosamente a estação para pegar um belíssimo bronzeado. A prática, contudo, não deve ser feita de forma desordenada, em uma tentativa de fazer o efeito na pele durar mais tempo, pois gera consequências negativas a curto e longo prazo.

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A boa notícia é que, sim, adotando os devidos cuidados, é possível fazer o bronzeado durar mais tempo sem prejudicar a saúde. Em entrevista à Plataforma MT, a dermatologista Celina Frota explicou que, ao contrário do que alguns devem acreditar, o uso do protetor solar é indispensável em todos os momentos de exposição ao sol, inclusive para bronzear a pele. O produto, quando adequado, não atrapalha o resultado, mas evita que a pele sofra queimaduras.

“Quem quer se bronzear não precisa usar bronzeador. Hoje, existem protetores no mercado que têm essa finalidade. Assim, o paciente não vai queimar, porque o dano solar que traz o câncer de pele é a queimadura. Dependendo do fator de proteção, do tipo de protetor solar e do tempo de exposição, o uso do protetor solar evita queimaduras e não impede o bronzeamento. É possível se proteger e garantir o bronzeado”, pontuou a especialista.

Bronze duradouro

Para conseguir um bronzeado duradouro, não é necessário se expor ao sol por muitas horas, sobretudo nos horários entre 10h e 16h, considerados os de maior radiação solar, segundo Celina. O recomendado é passar por esse processo dias diferentes e com exposições dosadas e responsáveis. “Indo no início da manhã e no final da tarde, com proteção solar, é possível se bronzear, sim. Tendo tempo e disposição solar, o bronzeado acontece”, pontuou a dermatologista.

Além disso, o bronzeado pode permancer intacto por mais tempo se associado a medicações dermatológicas e à alimentação. “É importante ingerir alimentos ricos em carotenoides [grande família de substâncias derivadas da vitamina A e de aparência laranja, vermelha e amarela], que podem prolongar ou até melhorar o bronze. Os carotenoides também contribuem para proteger a pele contra os danos causados por raios ultravioleta”, explicou a especialista.

Em resumo, os carotenoides são pigmentos lipossolúveis responsáveis pela cor vermelha, laranja e amarela de determinados alimentos, entre frutas e vegetais. As principais fontes dessa substância são: Betacaroteno, como cenoura, acerola, melão, couve, abóbora e manga; Licopeno, como tomate, goiaba vermelha, mamão e melancia; Luteína e zeaxantina, como couve, ervilha, brócolis, milho e gema de ovo; e Astaxantina, como salmão, camarão e lagosta.

Mesmo com todos os cuidados necessários, Celina explicou que a busca pelo bronzeado ideal não deve ser feita de maneira artificial, mas, sim, natural, sendo fator determinante para a saúde da pele. “O bronzeamento artificial é totalmente condenado pela sociedade brasileira de dermatologia e por todas as sociedades. A gente não recomenda. Tem muito risco de câncer de pele. Quem quer bronzear, que seja o bronze do Sol mesmo, com todos os cuidados”, pontua a especialista.

Cuidados pós-Sol

Celina ainda explica que os cuidados pós-sol incluem tomar banho e retirar todo o resíduo do protetor solar com sabonetes com pH neutro, sabonetes infantis ou sabonetes de hidratação/dermatológicos. A especialista também recomenda sabonetes em shower, ou seja, produtos com hidratação utilizados durante o banho, e óleos de banho. A pele ainda deve ser hidratada após o banho, com cremes que devem ser aplicados até cinco minutos depois, para recuperar a pele.