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Gabriel Baquit navega contra a maré

16 jan 2015 | Galerias

Por Lucas Magno

Capas-AMARÉ-1
Amaré #1 tomando corpo

A gente tarda, mas não falha. Pra começar 2015 com o pé direito, depois de um recesso muito bem-vindo, a Equipe MT engata o novo ano mostrando uma publicação genuinamente cearense, fruto da união de dois amigos. OK, a gente fez essa entrevista no meio de dezembro, mas a postagem ainda vale muito a pena. Primeiro: a revista Amaré acabou de chegar à sua edição número 1. Segundo: fomentar a cultura e os talentos locais é prioridade aqui no portal. Terceiro: nunca é tarde demais pra ler algo novo e interessante, ainda mais quando produzido todo na terrinha.

A Amaré chegou ao mercado editorial alencarino como uma nova opção de revista voltada para as nossas peculiaridades. A ideia da publicação nem é tanto pautar artistas e lugares superunderground do Ceará, mas mostrar o que acontece por aqui (seja popular ou não), de uma forma um tantinho diferente, com uma leitura apetitosa e projeto gráfico caprichado.

Gabriel Baquit lidera a trupe Amaré com maestria e coloca em evidência o que o Ceará tem de melhor. No papo, ele comenta sobre a criação da Amaré, a curiosidade de começar com a edição número zero e os próximos passos da revista. Pra ler agora!

Pôster-Revista-AMARÉ-1-_-Ilustração-de-Rafaela-Rodrigues
Ilustração de Rafaela Rodrigues

** Gabriel, pra começar uma pergunta bem óbvia. Como surgiu a ideia de criar AMARÉ?

Sempre me interessei pela área editorial e de produção de conteúdo, mas trabalhar com isso de uma maneira realmente criativa, sem levar em conta o retorno comercial, geralmente é muito restrito por conta do mercado – e odeio falar isso, mas principalmente em Fortaleza. Foi quando, numa conversa com o Tiago (Lopes), vi que essa vontade de produzir um conteúdo diferente e falar de coisas que não são faladas em outras mídias (pelo menos não do jeito que a gente gosta de falar) não era só minha. Decidimos, então, nos juntar e tentar trazer mais pessoas interessadas em colaborar com o projeto. Assim AMARÉ começou a tomar corpo.

** A revista nasceu com um caminho bem definido: mostrar um lado de Fortaleza que pouca gente conhece. Como isso funciona, de fato, dentro das páginas da revista?

Na verdade não é só mostrar um lado que pouca gente conhece, mas também mostrar um lado conhecido por todos, mas valorizado por poucos. Em nossa edição #0, por exemplo, procuramos chamar a atenção para o patrimônio material do Centro da Cidade e da Praia de Iracema. Convidamos o artista plástico Cadeh Juaçaba para criar ilustrações abstratas sobre o Dragão do Mar, a Praça dos Leões e até mesmo sobre o Estoril e o Edifício São Pedro. Foi uma forma que encontramos de valorizar, de homenagear esses espaços. Quantas vezes vimos o Cristo Redentor ou a Torre Eiffel em filmes, na TV ou em páginas de revista? E a Catedral de Fortaleza, quantas? A comparação pode ser meio absurda, mas o meu ponto é que o nosso patrimônio histórico não é devidamente valorizado nem pelos meios de comunicação. Geralmente aparecem na mídia local quando é pra falar do descaso das autoridades, do atraso das obras, do vandalismo. As pessoas só aprendem a dar valor às coisas quando entendem o valor delas, e acreditamos que quanto mais mostrarmos, representarmos e falarmos sobre nosso espaço público, mais força ele ganha no inconsciente coletivo da população.

Paralelo a isso, também queremos mostrar, sim, esse “lado que pouca gente conhece”, a cena autoral da cidade. De músicos a designers, a produção criativa dos últimos anos em Fortaleza é impressionante, mas a queixa dessa classe criativa é sempre a mesma: o trabalho não é valorizado, não há público, não há apoio, não há como “viver disso”. AMARÉ também pretende ser um meio de comunicação para divulgar e difundir o trabalho dessas pessoas.

** Vocês lançaram a edição número 1 há pouco tempo, mas a revista nasceu com o número #0 estampado. Explica essa história melhor pros nossos leitores?

A ideia de fazer AMARÉ surgiu em uma conversa entre eu e o Tiago Lopes. Essa conversa foi em fevereiro deste ano, durante um trabalho que realizamos juntos, e os planos eram de que o projeto iniciasse apenas no segundo semestre. Foi quando o Cláudio Silveira me convidou para coordenar um projeto no Dragão Fashion Brasil e, em uma das reuniões, comentei sobre um projeto editorial que estava nos meus planos. Apresentei o projeto da AMARÉ e ele resolveu apoiar. Tivemos mais ou menos duas semanas para decidir e produzir TUDO da revista: formato, conteúdo, colaboradores, fotos, gráfica, festa de lançamento, TUDO. Como não sabíamos ao certo quando sairia a edição seguinte e como parte do conteúdo era muito específico sobre o DFB 2014, decidimos chamar a primeira edição de #0 Edição Especial Dragão Fashion Brasil.

AMARÉ-no-Babado-Coletivo1

** Quais os caminhos da AMARÉ nas próximas edições?

Boa pergunta! Hahah. A gente teve um retorno muito positivo com o conteúdo produzido para o site, principalmente os vídeos, então devemos caminhar cada vez mais por esse caminho. Quanto ao impresso, continuaremos produzindo (assim espero!) mas, pelo menos por enquanto, num formato mais enxuto, como foi o da edição #1.

Além de ser uma mídia, AMARÉ também pretende organizar eventos e ações para a valorização do espaço público e para a promoção da cultura e da economia criativa, como é o exemplo da feira de produtos autorais Babado Coletivo, organizada em parceria com a marca de moda Ahaze e com a galeria de arte O Mercador.

** Aliado a publicação impressa, AMARÉ também tem um site com conteúdo inédito. Esse namoro físico-virtual é importante pra vocês?

Por ser um material caro para ser produzido com a frequência e a quantidade de conteúdo que gostaríamos, a revista deixou de ser o único foco do projeto e hoje AMARÉ também produz conteúdo específico para o site e para as mídias sociais. Uma mídia complementa a outra e estamos estudando a melhor maneira de dividir os conteúdos para que a soma tenha o melhor resultado possível. O virtual permite a produção de conteúdo multimídia e a publicação imediata, sem que haja o tempo de espera da gráfica, além de ser (quase) de graça.

+ AMARÉ

revistaamare.com.br
@revistaamare | /revistaamare

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