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Ginecologista obstetra, Sabrina Forte defende o papel da doula no parto: ‘Peça chave’

30 jul 2021 | Lifestyle

Por Jacqueline Nóbrega

Sabrina Forte defende que deve existir uma parceria entre obstetra e doula (Foto: Arquivo pessoal)

Com mais de 17 mil seguidores no Instagram, a ginecologista obstetra Sabrina Forte (@sabrinaforte_) faz sucesso por tratar de temas que são considerados tabus, como sexo, de forma leve e bem-humorada. A profissional, que atua no Sistema Único de Saúde (SUS) atualmente, defende que o papel da doula no parto é fundamental.

LEIA MAIS >> Profissão doula: qual o papel da profissional no trabalho de parto, parto e pós-parto?

“Desde 2013, que as doulas são permitidas nos hospitais e não são consideradas acompanhantes. Às vezes as pacientes dizem assim: ‘Sabrina eu não tenho como investir numa equipe obstétrica’, mas aconselho que ela invista em uma doula para ir para o hospital do SUS, por exemplo. Lembrando que a doula não faz procedimento médico, mesmo que seja uma enfermeira-obstetra ou uma médica, porque no ato ela não está ali naquele papel. Eu vejo a doula como uma peça-chave”.

Sabrina ainda reforça que a doula pode ser essencial para que a mulher não vá para uma cesárea desnecessária. “Durante um trabalho de parto vaginal, a doula está do lado da paciente, ou seja, é um trabalho de parto acompanhado 100% por alguém. A chance de a mãe acompanhada por uma doula ir para uma cesária desnecessária por intervenção que não é verdadeira, diminui muito”.

Conscientização

A médica, no entanto, pontua que a conscientização sobre o parto vaginal tem que começar desde cedo, quando as mulheres ainda são crianças. “Nós temos que ir conversando com as crianças sobre a natureza, que nós fomos feitas para parir por baixo. Existe a cultura da cesária, mas a culpa é nossa. As nossas avós, elas pariam vaginal, e, por que as nossas mães tiveram essa cultura da cesariana? A questão da cesariana tem vários âmbitos. Primeiro da paciente entender a questão da dor, que a dor faz parte do processo e a cesárea não, mas tem dor depois. Existe ainda a questão financeira que alguns planos de saúde, médicos, fazem pelo plano, mas a disponibilidade é paga por fora. Porque para um parto vaginal acontecer de maneira saudável, o profissional que vai fazer essa assistência tem que fechar consultório, largar o plantão, família… Então existe um preço”.

E essa relação da doula com a obstetra no parto, ainda segundo Sabrina, tem que ser de parceria. “Para o trabalho de parto acontecer da melhor maneira possível, essa doula e a médica têm que ter uma relação de cumplicidade, de comunicação o tempo inteiro. Uma relação aberta, transparente. A doula faz a acolhida independente da via, contanto que a paciente entenda, compreenda e seja feliz com essa decisão”.

“Porque também existe um movimento que mães de cesarianas são menos mães e não são. A cesariana é um processo anestésico, é um corte, é uma cirurgia. Então, uma mãe que se submete a cesariana, ela é tão mãe quanto. Ela também sofre para ir para um procedimento que vai te cortar sete camadas, mas a doula vai está ali do lado para explicar o procedimento, explicar os cuidados, o pós-parto. Depois que nasce só querem saber da criança e a doula também tem esse papel fundamental de acolhida da mãe nesse momento”.

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