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Jô de Paula fala sobre projeto solo com foco no artesanato cearense

6 fev 2021 | Moda

Por Redação

Uma das fundadoras da Catarina Mina e da extinta Todos os Poemas, a designer de moda e produtos, Joana de Paula – ou simplesmente Jô de Paula, como é conhecida -, anuncia, em entrevista ao Site MT, a volta do projeto solo, a Jô de Paula, marca que deu uma pausa em 2018 e retorna este ano com muitas novidades. 

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De acordo com a designer, a decisão de retomar a brand partiu do desejo de se lançar em novas experimentações criativas, o que culminou, portanto, com o encerramento da marca Todos os Poemas, em 2020, que também era liderada pelas designers Angélica Freitas e Daniella Milério

Jô de Paula é uma das fundadoras da Catarina Mina e da Todos os Poemas. (Foto: Arquivo/MT)

“Parei meu projeto solo em 2018 e iniciei outra marca com a Angélica, minha ex-sócia. Porém, logo em 2019 comecei a repensar. Sentia a necessidade de estar perto da criação. Meu maior talento é na criação, mas até do que ser empresária, e sentia falta de poder expressar a minha criatividade totalmente livre. Ano passado resolvemos encerrar a Todos os Poemas e isso me deu a certeza de que esse projeto tinha que ser tirado do papel”, conta. 

Em 2021, Jô de Paula aposta em peças de alta qualidade desenvolvidas pelo reflexo de 24 anos de experiência na moda. Se na Catarina Mina, ao lado de Celina Hissa, a designer se aperfeiçoou na produção de acessórios e em outros trabalhos, e na Todos os Poemas Jô aprimorou técnicas em relação às vestimentas, agora ela incorpora todos esses conhecimentos no projeto solo. 

Além de colocar em evidência o artesanato cearense, as peças assinadas por Jô de Paula vão unir as experiências de trabalhos anteriores. (Foto: Divulgação)

“Acho que tem um pouquinho de cada experiência. Não quero fazer só roupa ou bolsa. Quero continuar lançando coleções pequenas e trabalhar mais o fazer manual e artesanal independente do que for. Pretendo fazer itens para decoração, roupas e acessórios, mas o que vai amarrar isso tudo é o meu universo, estilo de vida e relação com a cultura nordestina. É bem pessoal”, diz a designer, que é lembrada como um dos principais nomes quando se fala em peças que  valorizam o artesanato do Ceará.

Mão na massa  

Em paralelo ao trabalho, Jô nunca parou de buscar conhecimento. Nos últimos anos, fez vários cursos e workshops porque sentia a necessidade de retornar às origens na linha de produção. “Percebi que desenho mais do que faço. Quando trabalhei na Catarina Mina, a gente fazia muita coisa, cortava e bordava, mas depois que comecei a trabalhar com um grupo de artesãos, meu bordado nem se comparava. Então decidi fazer alguns cursos, como bordado à mão, tear de pregos e estamparia botânica. A partir daí, pude colocar mais a mão na massa e isso foi amadurecendo”, relata. 

Além do trabalho autoral que desenvolve, Jô de Paula também trabalha na Ceart, onde presta consultoria em design. (Foto: Divulgação)

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Na carreira da designer carioca, a relação aprendiz-mestre também é uma realidade. Promovendo consultorias para a Central de Artesanato do Ceará (Ceart) desde 2016, ela também expande a marca Jô de Paula incluindo o serviço de mentoria para pequenas marcas, ajudando no desenvolvimento de coleção e colaborações. 

“Trabalho na Ceart como consultora de design. Quando eles têm demanda, vamos para alguma cidade do interior e desenvolvemos a coleção junto com eles, mas ano passado isso teve que mudar por causa da pandemia. A demanda continuava existindo e pela primeira vez gravamos as aulas. Fiz um curso de desenvolvimento de coleção para os artesãos. Foi uma experiência muito bacana e confirmou o desejo que eu tenho de promover um curso de criatividade”, revela.  

Experimentação

Aproveitando esta experiência, a Jô de Paula criou um curso voltado a experimentação sensorial criativa on-line, em parceria com a galeria Mariana Furlani, que será ministrado em março deste ano. 

Jô de Paula. (Divulgação)

“Empresas começaram a me procurar e percebi que posso passar minha experiência com criação na moda autoral e slow fashion. Já tenho quase 18 anos de artesanato. Então, não é só o momento de repensar em criar um produto, mas poder fazer outras coisas e trabalhar com outras pessoas. Acredito que mesmo quando você faz um trabalho para alguém, você também está recebendo do outro. Trabalho muito com artesãos e busco criar uma relação igual pra igual. Tenho meu conhecimento e eles têm os deles. Essa troca sempre foi muito rica e por isso acabei trabalhando com artesanato, porque é uma troca verdadeira”.

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