17 jan 2021 | Notícias
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade, na tarde deste domingo (17), os pedidos de uso emergencial no Brasil das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz. Os dois imunizantes são os primeiros aprovados no País no combate à Covid-19.
LEIA MAIS >> Sarto afirma que vacinação em Fortaleza inicia no dia 20 de janeiro
Médica cearense que será vacinada em Nova York diz se sentir ‘contente e abençoada’
As vacinas serão usadas preferencialmente para uso em programas de saúde pública e, inicialmente, destinado para imunização de pessoas de grupos de risco como indígenas, idosos e profissionais de saúde. A diretoria da Anvisa decidiu pela liberação emergencial durante reunião que durou cerca de cinco horas.
Durante a manhã e o início da tarde, ambas as vacinas foram recomendadas pela gerência técnica da Anvisa. Depois, a diretora da Anvisa e relatora dos pedidos, Meiruze Sousa Freitas, votou pela aprovação da AstraZeneca e da CoronaVac.
Na sequência, os diretores Romison Rodrigues Mota, Alex Machado Campos e Cristiane Rose Jourdan Gomes, além do diretor-presidente da agência, Antônio Barra Torres, seguiram a relatora, liberando o uso dos imunizantes contra a Covid-19.
Ao proclamar o resultado, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou: “Essas vacinas estão certificadas pela Anvisa, foram analisadas por nós brasileiros por um tempo, o melhor e menor tempo possível. Confie na Anvisa, confie nas vacinas que a Anvisa certificar e quando ela estiver ao seu alcance vá e se vacine”.
“A imunidade com a vacinação leva algum tempo para se estabelecer. Portanto, mesmo vacinado, use máscara, mantenha o distanciamento social e higienize suas mãos”,
orientou Antônio Barra.
Com o aval do uso emergencial, o Brasil já pode, em tese, aplicar os imunizantes. A medida vale a partir do momento em que a decisão for publicada no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer neste domingo. O Butantan já tem 10,8 milhões de doses disponíveis para aplicação, enquanto a Fiocruz aguarda chegada do imunizante vindo da Índia, ainda sem data prevista.
O início da imunização dependerá, porém, da organização da campanha e da logística de distribuição de doses. A expectativa do Ministério da Saúde é começar a vacinação nesta semana. Segundo o prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira, a imunização em Fortaleza deverá começar na próxima quarta-feira (20). A confirmação, via redes sociais, se deu após a reunião do Fórum Nacional de Prefeitos (FNP) com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, realizada na quinta-feira (14).
A decisão da aprovação do uso emergencial, de acordo com a Anvisa, se baseou em pareceres de áreas técnicas. A agência afirma que irá publicar em seu site os parâmetros aprovados para cada vacina.
Após a aprovação do uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Ela recebeu o imunizante Coronavac, desenvolvido pelo Instituto Butantan, no Hospital das Clínicas de São Paulo, neste domingo (17).
Ao lado do governador de São Paulo, João Doria, Mônica foi vacinada em momento emocionante e comemorou. A enfermeira tem perfil de alto risco para complicações da Covid-19, já que é obesa, hipertensa e diabética. Há oito meses ela trabalha na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Emílio Ribas.