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Médica cearense que será vacinada em Nova York diz se sentir ‘contente e abençoada’

22 dez 2020 | Notícias

Por Yohana Capibaribe

Residente em Nefrologia no Jacobi Medical Center, em Nova York, há um ano e seis meses, a médica Natália Cavin será uma das primeiras cearenses a ser vacinada contra a Covid-19.  Em Fortaleza para passar o Natal com a família, ela relata expectativa e felicidade para o dia 31 de dezembro, quando deve receber a primeira dose da vacina desenvolvida pela empresa alemã BioNTech e pela parceira estadunidense Pfizer. “Eu me sinto muito contente e abençoada de ter a oportunidade de tomar essa vacina tão cedo e sem nenhuma dor de cabeça”, relata. Além disso, Natália reforça que a questão da vacinação não deve ser política e sim de saúde.

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Natália Cavin se formou em medicina pelo Centro Universitário Christus (Unichristus), atuou como residente no Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (UFC) e atualmente faz residência em uma unidade da Albert Einstein College of Medicine.

Durante a pandemia, ela atendeu diversos pacientes com a Covid-19, já que a área de especialização dela, Nefrologia, estava relacionada com os problemas ocasionados pela doença. “Essa área cuida, basicamente, de pessoas com problemas renais e cerca de 40% a 50% dos pacientes com coronavírus são afetados com esses problemas. Eu tive um volume muito grande de pacientes dessa forma no meu setor”, lembra.

A médica recebeu a notícia sobre a vacinação quando estava embarcando para o Brasil, através de um e-mail do hospital onde trabalha. As primeiras vacinas foram destinadas para os profissionais da saúde que têm mais de 60 anos e os que trabalham na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) diretamente com os pacientes de Covid-19. Já no segundo dia, o agendamento estava liberado para os demais funcionários da clínica.

Natália Cavin se formou em medicina pelo Centro Universitário Christus (Unichristus), atuou como residente no Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (UFC) (Foto: Eri Nunes)

“Estou muito empolgada, bem feliz e orgulhosa do nosso hospital, de conseguir a vacina de uma companhia muito boa como a Pfizer, que tem muita credibilidade. Além disso, é excelente conseguir um número de vacinas suficiente para todos os funcionários do hospital. Estou muito satisfeita, pois além de ser médica e estar exposta ao vírus, eu também tenho diabetes, sou do grupo de risco”, afirma.

Questão de saúde

Para Natália, a velocidade da produção da vacina não é um fator para determinar a qualidade dela, uma vez que foi necessário que o imunizante chegasse o quanto antes para a população.

“É um ponto que deixa as pessoas com um pouco de dúvida, porque a vacina foi criada de forma rápida, a situação exigiu isso. Pessoas morrendo e casos de reinfecção da doença, isso fez com que cientistas do mundo todo se unissem, eles se dedicaram bastante para conseguir a aprovação de uma vacina para esta emergência. Não vejo o tempo de produção como uma questão negativa”, explica.

A médica também ressalta que a empresa responsável pela vacina é um laboratório de credibilidade. “Eles têm um nome a zelar, não aprovariam uma vacina que não fosse segura para os pacientes”, pontua.

Natália reforça que a questão da vacinação não deve ser política e sim de saúde (Foto: Eri Nunes)

Sobre a politização da vacinação, a médica reforça que a vacina é uma questão de saúde pública. “As pessoas estão se tornando antivacina, isso é um ponto político e é totalmente errado. Não é uma questão política, é uma questão de saúde. Não é porque o presidente é contra que a população deve ficar tão hesitante. No Brasil, as pessoas estão mais acanhadas, mas nos Estados Unidos, os pacientes me perguntam o tempo todo quando deve chegar a vez deles. Temos que ‘despolitizar’ a vacina”, ressalta. Conforme Natália, nos Estados Unidos, os pacientes e a população em geral devem ser vacinados em janeiro.

Para a médica, a vacina significa um sinal de esperança. “Traz muitas expectativas, devemos tirar a política de jogo, ela não foi feita de qualquer forma”, reforça. Natália também ressalta que as aglomerações nas festividades do fim de ano devem ser evitadas. “Vamos evitar de aglomerar, principalmente, quem convive com idosos, porque você pode ser assintomático, e continuar usando máscara”, finaliza.

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