28 abr 2020 | Notícias
A rede de saúde de Fortaleza ganhou apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para a instalação e manutenção de 22 leitos no Hospital Otoclínica exclusivos para o enfrentamento ao novo coronavírus. O financiamento de R$ 13,2 milhões está no âmbito do Programa de Apoio Emergencial, que foi criado pela instituição financeira para ajudar o sistema de saúde no combate à pandemia.
O Ceará é o estado do Nordeste com o maior número de casos confirmados da doença e, atualmente, 100% dos leitos para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede de saúde de Fortaleza estão ocupados por pacientes vítimas da pandemia. Os recursos emergenciais garantirão o funcionamento de 10 leitos de UTI usados apenas para o tratamento da covid-19. Também permitirão a utilização de outros 12 leitos na recém-construída ala de UTI da matriz do hospital, na Aldeota.
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Saúde dos idosos requer mais cuidados durante isolamento
Com o financiamento, será possível ainda o apoio à equipe médica e assegurar equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras, luvas, aventais e materiais de higienização. De acordo com o BNDES, a Otoclínica terá melhores condições para enfrentar a doença pelos próximos seis meses. O Grupo OTO informou à Agência Brasil que tem sido procurado por pacientes para o diagnóstico e tratamento da pandemia de covid-19.
Atualmente, para fazer o atendimento à população desde o diagnóstico, até o tratamento dos casos mais graves, as unidades contam com 22 leitos de UTI. Haverá a ampliação para mais 20 leitos de unidades semi-intensivas e 30 unidades abertas e todas serão destinadas ao atendimento da doença, informou o Grupo OTO.
A matriz do hospital, na Aldeota, é um pronto socorro de atendimento 24 horas equipado com centro cirúrgico para procedimentos de alta complexidade. Em 2019, foi inaugurada a filial do Otoclínica, na Sapiranga.
O Grupo Oto informou ainda que para atender a orientação de órgãos públicos de saúde, algumas medidas foram tomadas como a alteração no fluxo de atendimento da emergência, para assegurar o isolamento do paciente suspeito de contaminação.
Foi organizada ainda uma equipe específica para unidade de internação especial, otimizados os fluxos de limpeza da organização e suspensas visitas aos pacientes internados, para reduzir o fluxo de pessoas nos hospitais.
Além disso foi criado protocolo para manejo de paciente suspeito ou confirmado com o novo coronavírus, que passa por atualização diária e estabelecimento de fluxos específicos para o serviço de imagem e laboratório nestes atendimentos.
Lançado no final de março, o Programa BNDES de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus é uma das ações da instituição no combate à doença. Por meio dele, o banco concede crédito emergencial para aumento da oferta de leitos de UTI e equipamentos para a saúde.
Com orçamento de R$ 2 bilhões, o Programa atende prestadores de serviços hospitalares e de montagem e gestão de leitos emergenciais. A expectativa é que com os recursos, sejam incorporados ao sistema de saúde do país até três mil novos leitos de UTI, quinze mil respiradores pulmonares e 88 milhões de máscaras.
No lançamento do programa, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse que o banco trabalha em coordenação com todos órgãos do governo federal para entregar o máximo que a sociedade necessita no combate ao novo coronavírus.
“O BNDES está engajado e com afinco para enfrentar essa crise. Esse é o papel do banco, uma função anticíclica, de operar nestes momentos difíceis”, apontou.
Fonte: Agência Brasil