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Kelvin Hoefler: conheça a trajetória do atleta que ganhou a primeira medalha do Brasil em Tóquio

25 jul 2021 | Notícias

Por Redação

Kelvin Hoefler garante medalha de prata na final do skate street masculino nos Jogos de Tóquio (Foto: Reprodução/Instagram)

É Brasil! Na madrugada deste domingo (25), o skatista Kelvin Hoefler fez história nas Olimpíadas de Tóquio 2020 ao ganhar a primeira medalha do Brasil nesta edição do evento mundial. A prata de Kelvin veio na primeira final do skate em uma Olimpíada, já que também é a primeira vez que o esporte é incluído no programa. O paulista conquistou o segundo lugar no street masculino ao somar 36,15 na grande final, ficando atrás apenas do japonês Yuto Horigomi, que somou 37,18. Kelvin Hoefler já é um nome conhecido para quem acompanha as competições de skate, mas parte da torcida brasileira, que vibrou com o atleta, não conhece a sua trajetória.

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Um dos melhores skatistas do mundo em street, Kelvin Hoefler era cotado como um dos grandes candidatos a brigar por medalhas em Tóquio. Nascido no Guarujá, em São Paulo, em 10 de fevereiro de 1994, o paulista já conquistou seis títulos mundiais de street pela World Cup Skateboarding (WCS), foi campeão da Street League Skateboarding, principal competição da modalidade no mundo, e também possui duas medalhas de ouro nos X Games.

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Começou dentro de casa

O atleta, que hoje tem 28 anos, começou a andar de skate quando tinha apenas 8 anos. O pai, Eneas de Souza, policial, e a mãe, Roberta Hoefler, dona de casa, deram um skate de presente para o garoto e montaram uma pequena rampa na garagem com alguns obstáculos, já que em Guarujá não existia locais adequados para a prática.

Em entrevista ao jornal O Globo, Kelvin relembrou como atrapalhava a novela da mãe. “Ela ficava p… da vida quando eu passava de skate na frente da TV da sala”, disse.

Kelvin Hoefler começou a praticar skate ainda na infância (Foto: Reprodução/Instagram)

Segundo o próprio skatista, a disciplina para se tornar um atleta profissional foi fruto das orientações e rigidez impostas pelo pai, que é policial militar. “Meu pai me botou na linha para eu ser um cara competitivo. O skate sempre foi estilo de vida e hoje está indo para uma direção que era o que a gente queria. Agora é só continuar a caminhada que ele me botou”, destacou na mesma entrevista.

Aos 9 anos, Kelvin conquistou o primeiro campeonato de skate no Brasil. Nos anos seguintes, ele continuou se destacando até que decidiu, aos 13 anos, que seguiria carreira no esporte.

Foi em 2011 que Hoefler se tornou skatista profissional. Naquele mesmo ano, ele venceu pela primeira vez a World Cup Skateboarding, em Roma, na Itália. Mais dois títulos da WCS vieram em 2012, em Fortaleza, e novamente na capital italiana. Nos dois anos seguintes, foi campeão de outras duas edições na capital cearense e uma vez na Rússia.

Kelvin Hoefler é campeão mundial na categoria street (Foto: Reprodução/Instagram)

Em 2014, Kelvin se mudou para Los Angeles, para aperfeiçoar a técnica no skate e ficar próximo dos melhores atletas de street do mundo. A estratégia deu certo e o brasileiro se firmou entre os principais skatistas da modalidade, com muitas conquistas expressivas.

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Surfista ou skatista?

Antes de se tornar um dos melhores skatistas do mundo em street, Kelvin Hoefler tentou praticar outros dois esportes: futebol e surf. Porém, ele não foi bem-sucedido em nenhuma das duas modalidades.

“Eu queria jogar futebol. Fazia escolinha, e ninguém tocava a bola para mim! Traumatizei e desisti. Resolvi tentar surfar, mas odiava água gelada. Meu pai comprou uma roupa de neoprene que era muito grande. Entrei na água, quase morri sufocado. Mais um trauma. Desisti também”, disse, em entrevista ao jornal O Globo.

Hoefler é considerado um skatista sereno e capaz de executar manobras e alto nível sob pressão (Foto: Reprodução/Instagram)

Atleta frio, sereno, capaz de executar manobras de alto nível técnico sob pressão, assim foi definido o atleta pelo jornal Folha de São Paulo. Kevin também se vê assim e já tinha avisado em entrevista que, mesmo não sendo o grande favorito da sua categoria, era melhor que não descartassem suas chances. Dito e feito!

“Sou aquele cara bem pacato, não chego com os dois pés no peito, por respeito aos adversários também. Venho praticando degrau por degrau. Nos últimos eventos fui tranquilinho, querendo conquistar a vaga. E agora chegou o momento de querer estar no topo. Sempre fui assim. Chego de mansinho e, na hora que eles vacilam, eu vou lá e ganho”, comentou na época.

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