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Procura por atendimento psiquiátrico aumentou em 50% durante isolamento, afirma João Paulo Diógenes em live

25 jun 2020 | Notícias

Por Redação

Nesta quinta-feira (25), Márcia Travessoni conversou online com João Paulo Diógenes Parente, médico psiquiatra e especialista em dependência química, sobre o tema “Álcool, drogas e os escapes da quarentena”. A transmissão ao vivo aconteceu no Instagram de Márcia Travessoni, com apoio do Hospital Gênesis. O diretor clínico do Instituto Volta Vida (IVV), em Fortaleza, afirma que a pandemia despertou fragilidades e que elas influenciaram um aumento do uso de substâncias químicas neste período. “A demanda de procura por atendimento psiquiátrico aumentou em 50% durante o isolamento social”. O número é resultado de um amplo levantamento da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) divulgado em maio deste ano.

Em abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que as autoridades dos Países afetados pelo novo coronavírus limitassem o consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia. Pessoas que já têm uma vulnerabilidade e uma predisposição genética para o alcoolismo, junto com uma capacidade emocional mais frágil, estão mais suscetíveis a se transformarem em dependentes.

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Segundo João Paulo, fatores contribuem para esse aumento no número de casos. “Existe muita propaganda de bebidas em lives musicais, por exemplo. A pessoa que está assistindo tem aquela segurança de estar bebendo em casa e acaba bebendo mais do que costuma. Com aumento do consumo, os riscos também vão crescendo”, afirma.

“É possível buscar ajuda. O AA está sendo suporte para muitas pessoas por mecanismos virtuais”, diz João Paulo Diógenes.

O médico também desmistificou uma prática utilizada por algumas pessoas para “combater o vírus”, mas que não ajuda o organismo. “Beber álcool, limão e mel não traz melhora para a imunidade. Acontece o contrário. Esse pensamento vem desde a gripe espanhola”.

De acordo com psiquiatra, hábitos saudáveis são primordiais principalmente neste período. “Precisamos buscar comportamentos que gostamos de fazer. Conversar com outras pessoas é importantíssimo e lembrar que a vida não é só o momento. A espiritualidade também pode ajudar se a pessoa se sentir confortável com aquilo. As religiões fazem parte da nossa cultura independente qual seja”, orienta.

Identificar e ajudar

No bate-papo, João Paulo apontou como podemos identificar se o uso recreativo do álcool passou dos limites. “A pessoa começa a necessitar e a querer cada vez mais para conseguir aquele efeito inicial. Muitos começam a condicionar sua vida e amizades dizendo ‘só vou para tal lugar se tiver bebida’, mas os indícios podem ser diferentes para cada um”.

O diretor clínico do Instituto Volta Vida, que acolhe, trata e contribui diretamente na recuperação da dependência química, pede atenção aos pais. O IVV recebe muitos pedidos de internação para jovens com menos de 18 anos pelo uso de substâncias ilícitas e pelo álcool.

“Pais, observem mudanças de comportamentos ou baixo rendimento na escola. Às vezes, os familiares fazem vista grossa, mas se algo estiver causando algum problema não pode ser ignorado. É importante os pais estarem por perto e unirem mais a família”, pondera João.

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