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Protecionismo pode afetar cadeias produtivas globais, avalia Karina Frota

12 maio 2020 | Notícias

Por Redação

Dentre todas as esferas afetadas pela pandemia do novo coronavírus, o comércio exterior ainda navega em grandes incertezas, principalmente devido ao novo panorama econômico e político que deve se consolidar em várias partes do mundo. De acordo com a gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Karina Frota, para a retomada econômica, os países podem adotar atitudes protecionistas, isto é, valorizar a matéria-prima local, fato que, segundo ela, pode gerar impactos negativos nas cadeias produtivas globais, ocasionando efeitos no Brasil e, consequentemente, no Ceará.

Conforme a titular do órgão vinculado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o que é notado atualmente é que a pandemia traz riscos e oportunidades. Os riscos, explica, possivelmente serão as políticas protecionistas de cada país, que podem inserir barreiras tarifárias e não tarifárias para determinados produtos. “Como o momento é uma dificuldade mundial, é natural que os países comecem a se recuperar economicamente internamente, valorizando a matéria-prima local”.

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Baseados no modelo, destaca a gestora, eles tendem a favorecer atividades internas, como o turismo, o comércio e a indústria. Em contrapartida, informa, o mundo, principalmente no que se refere aos setor de alimentos, está aberto a compras desses produtos.

“Acho que as pessoas tendem a consumir mais produtos locais e regionais. Não sabemos ao certo como será essa retomada econômica. Ele acontecerá, mas não sabemos a forma e a velocidade dela. É tudo muito incerto”, pontua Karina Frota.

Estudo

O CIN divulgou um estudo sobre as parcerias firmadas entre Ceará e China. A análise leva em conta os números de 2019 e faz uma progressão da participação do mercado chinês na pauta de exportação e importação cearenses, fazendo comparações também com os números do mercado brasileiro como um todo.

Entre os produtos mais exportados do Ceará para a China, estão ferro e aço (US$ 16,06 mi); minérios (US$ 10,78 mi); ceras de animal ou vegetal (US$ 1,76 mi); peixes e crustáceos (US$ 1,62 mi); e calçados (US$ 1,25 mi). Já entre os mais importados: máquinas (US$ 33,62 mi); produtos químicos e orgânicos (US$ 27,80 mi); reatores nucleares (US$ 27,37 mi); filamentos (US$ 8,17 mi); e obras de ferro fundido (US$ 5,10 mi).

Diversificação

A gerente do CIN afirma hoje em dia o Ceará tem uma pauta de exportação muito concentrada, e o estado busca abrir e diversificar as parcerias firmadas. “Não é bom que tenhamos várias fichas apostadas em um mesmo país. Se houver uma crise econômica, mesmo restrita a esse local, pode nos impactar negativamente”, ressalta.

Karina Frota salienta que no segundo trimestre deste ano haverá um realce mais evidente do que foi e é a pandemia nas relações do estado do Ceará com o comércio exterior, uma vez que a pandemia do novo coronavírus não foi levada em consideração na análise do primeiro trimestre, já que as parcerias já haviam sido firmadas anteriormente.

“O número deve ser afetado, tanto porque a China restringiu a importação de alguns produtos como as próprias exportações do Ceará foram revistas. Todas as previsões econômicas que haviam sido feitas, atualmente são desconsideradas. Não tem como realizarmos uma operação de exportação ou importação de um dia para o outro. Para os produtos chegarem ao destino demora um tempo, tem a questão logística”.

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