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Senai propõe metodologia Lean para otimizar processos e reduzir gastos no setor têxtil cearense

28 ago 2020 | Notícias

Por Cintia Martins

Modelo de produção inspirado nas indústrias de metalomecânica e automobilística, a metodologia Lean vem sendo proposta como mindset pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) nas indústrias têxtil e de confecção no Ceará, a fim de otimizar processos e reduzir gastos por meio da integração entre o design de moda e a manufatura.

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O tema foi debatido na última quinta-feira (27), no webinarFashion Lean – O ciclo de desenvolvimento e produção eficiente para a manufatura dos produtos de moda”, que teve a presença da head designer da marca Miss Nina em Jeanswear, Rachel Carneiro; do engenheiro de produção mecânica e consultor do Senai Ceará em programas para melhoria de performance industrial e Indústria 4.0, Gleison Cruz; e do designer de moda, com especialização em Indústria 4.0, consultor em design de produto para marcas cearenses e docente do Senai Ceará, Deoclys Bezerra, responsável por mediar o bate-papo. 

Metodologia Lean foi tema de webinar organizador pelo Senai/CE. (Foto: Reprodução/Youtube)

Segundo Deoclys, o mindset proposto pelo Senai, tem como objetivo somar design de moda ao processo produtivo por meio da metodologia Lean em algum momento do ciclo produtivo, seja em um determinado setor ou no fluxo de materiais ou de informações.

“O design de moda realiza a gestão e o planejamento de coleção na etapa de desenvolvimento de produto, assim como durante o processo de manufatura do têxtil e vestuário. As empresas já utilizaram em algum momento o Lean, ou seja, utilizaram em algum momento o modelo na integração entre o desenvolvimento de produto (design) e o processo produtivo (manufatura), o que possibilita realizar uma melhoria contínua na busca por eliminar e evitar desperdícios que não são apenas físicos”, explica Deoclys. 

Consultor do Senai Ceará, Deoclys detalha que as empresas que tenham interesse em implementar a metodologia passam por um diagnóstico no ciclo produtivo que vai desde o desenvolvimento à produção, buscando avaliar onde é possível propor mudanças e suas reconfigurações, atuando desde a capacitação de suas equipes até a consultoria e implantação da metodologia Lean. 

Gleison, que também é consultor do Senai, ressalta que quaisquer alteração na área industrial da empresa, dependerá da estratégia adotada para o mercado foco, seu portfólio de produtos, serviços e processos. “Mas no geral são alterações de baixo custo e alto impacto. Nós temos tecnologia brasileira que pode dar conta destas ações”.

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Foco no cliente

Buscando organizar os negócios e entregar valor para o cliente final, a metodologia Lean representa o equilíbrio entre os setores, visando eliminar todo e qualquer desperdício durante os processos, enxugando gastos, e reduzindo o estoque, o que resulta em mais receita.  “O importante é o empresário entender a necessidade de mudança, aperfeiçoamento e transformação do seu processo produtivo em busca de atender as necessidades dos clientes. Consegue-se isso buscando agilidade, produtividade, melhoria no nível de serviço e consequentemente lucro operacional. Mas para tal, precisa-se ter um comportamento que busque isso. O Fashion Lean possui potencial para proporcionar esses resultados, pois no Fashion Lean o foco é o cliente final”, reforça Gleison.

Fast fashion e slow fashion

Segundo Rachel Carneiro, o Fashion Lean (nome adaptado para a indústria da moda), pode ser aplicada em empresas de fast fashion – que apresentam uma produção rápida e constante de novas peças -, e de slow fashion – modelo de oposição ao fast fashion que busca um consumo mais consciente e duradouros das peças -. 

 “O que existe é a integração do design com a filosofia Lean que garante uma produção mais enxuta e inteligente. Ele pode se adequar ao perfil de qualquer empresa, seja ela uma empresa grande ou média que faz muito fast fashion, ou uma empresa pequena, um ateliê de moda que produz o show fashion”, explica. Ela complementa que os processos produtivos vão ser diferentes e que vai depender do perfil da empresa e do seu processo produtivo. 

“Para além do fast fashion, se a empresa possui alguma capacidade produtiva é perfeitamente possível de se aplicar as metodologias do design de moda e do Fashion Lean, porém se o processo for exclusivamente artesanal ele encontra pouca aderência, mas não é impossível”, orienta.

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Segundo Rachel, as estratégias do Fashion Lean estão presentes na Missa Nina. “Nós usamos a metodologia habitual do Gestão e Planejamento de Coleção, com alguns aspectos do Fashion Lean durante a produção, contudo há uma ideia de integrar estes dentro do que seria o “mindset fashion lean” proposto pelo Senai, o que seria um avanço para nossa indústria”. 


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