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Iniciativa aconteceu no prédio do Sistema Fiec, em Fortaleza, na manhã desta quinta-feira (27)

Para celebrar o Dia Mundial da Propriedade Intelectual, que tem data anual de 26 de abril, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Ceará (Senai-CE) realizou o evento “Mulheres e a propriedade intelectual: acelerar a inovação e a critividade”, na manhã desta quinta-feira (27), no prédio da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), em Fortaleza. A iniciativa, que visa incentivar o empoderamento feminino, contou com quatro painéis de palestras com nomes femininos de destaque.

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A organizadora do evento, Ronara Marques, que faz parte da gestão de inovação da Fiec, pontuou sobre a importância da realização da ação. “Já faz alguns anos que nós celebramos o Dia Mundial da Propriedade Intelectual no Senai. São temas diferentes em todos os anos, de muita relevância, e, neste ano, o foco foi a mulher na propriedade intelectual (…) A gente precisa estimular e incentivar que as mulheres estejam cada vez mais envolvidas em seus ambientes”, enfatizou.

Ronara também informou que são realizadas ações internas na instituição, com os colaboradores, em todos os setores, sendo motivo crucial para que a iniciativa fosse realizada de forma pública como forma de estimular, cada vez mais, o empoderamento feminino na propriedade intelectual. Na ocasião, Sampaio Filho, diretor da tecnologia de informação da Fiec, falou sobre perceber cada vez mais um crescimento no número de mulheres à frente de cargos importantes.

“Isso é muito satisfatório para nós. No nosso Observatório da Indústria, o último levantamento que nós fizemos aponta que 62% do time é constituído por mulheres. Aqui na Fiec, nós já passamos de 50% de mulheres à frente das gerências. É isso que motiva a gente a participar e a incentivar cada vez mais esse movimento, para que as mulheres estejam cada vez mais à frente da inovação e participem desses momentos de propriedade intelectual”, pontuou Sampaio.

Professor Tarcísio Bastos, presente na ocasião, falou sobre a falta de igualdade no campo do trabalho e em outros setores cotidianos: “Não há mundo bom quando há desigualdade. Não há mundo bom quando há diferença social”. O evento contou com quatro painéis de palestras, com importantes nomes femininos como convidadas: Natasha Esteves, Amanda Melo, Débora Ximenes, Erika Pelaez, Carla Freitas, Maria Denise, Claudio do Ó Pessoa e Luciana Rocha Barros.

Palestras sobre empoderamento feminino na propriedade intelectual

A pesquisadora e doutoranda em Engenharia Elétrica, Natasha Esteves, e a mestre em Energias Renovávais, Amanda Melo, foram as convidadas para falar no primeiro painel do evento, que teve como tema “Atuação feminina no hidrogênio verde”. A mediadora da ocasião foi Camylla Melo, coordenadora da Pós-Graduação da Unifor em Energias Renováveis.

Já o segundo painel do evento foi sobre “Mulheres no ecossistema de inovação”, que trouxe como convidadas a advogada e fundadora da DX Advocacia, Débora Ximenes, e a administradora, analista comportamental e fundadora da Lovel.dev, Erika Pelaez. A mediadora foi Camila Forte, coordenadora de projetos do Instituto Senai de Tecnologia (IST).

“Eu estou aqui porque fui influenciada por outras mulheres. Quando eu comecei a advogar, eu percebi que tinham poucas mulheres como líderes (…) Eu sou a soma de mulheres que me impactaram. A gente precisa ocupar esses espaços e acreditar que é capaz. Eu adquiri essa confiança ao ver outras mulheres acreditando que eram capazes”, pontuou Débora.

“Tecnologia e inovação: qual o lugar da equidade, diversidade e inclusão” foi a temática do terceiro painel da ocasião. Carla Freitas, responsável pela Seção de Difusão Regional Nordeste II no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e Maria Denise, médica geneticista, foram as palestrantes da ocasião. A mediação ficou por conta de Alcileia Sena, coordenadora do Núcelo ESG.

“Nós, mulheres, temos o maior índice de conclusão do ensino superior e somos indicadoras de uma frequência escolar maior, mas quando olhamos a ocupação feminina no mercado de trabalho, ainda temos 54,5% de ocupação e ganhamos 77,7% do rendimento masculino. A maternidade e o afazer doméstico ocupam o dobro do tempo da mulher do que do homem”, explicou Carla.

O último tema do evento foi “Mulheres na ciência”, trazendo Claudia do Ó Pessoa, professora titular de Fisiologia do Departamento de Fisiologia Farmacologia da UFC, e Luciana Rocha Barros, professora titular do Departamento de Engenharia Química da mesma instituição, como convidadas. Isabelly Silveira, responsável técnica do labortório de química no IST, cuidou da mediação.