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Mãe relata desafios da amamentação: ‘Colocava meu filho no peito e ele não sugava’

24 ago 2020 | Notícias

Por Redação

Você já viu alguma cena de novela ou filme que mostra uma mãe amamentando? O sorriso estampado, a interação com o bebê e uma tranquilidade acalentadora dão a impressão de que o aleitamento é algo simples e natural, quase instintivo. Mas a realidade não é bem assim. Muitas mulheres enfrentam obstáculos, de ordem fisiológica, social ou emocional, que dificultam ou até interrompem esse processo.

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Consultoras de amamentação orientam mães e ajudam a quebrar tabus

Há oito anos, a personal stylist Ana Carolina Rodrigues vivenciou uma gestação tranquila, mas após o nascimento do filho deparou-se com um dos momentos mais difíceis da vida. “Benjamin saiu da maternidade sem mamar e não fui orientada de forma alguma lá. Ele veio chorar 24 horas após o nascimento desesperado de fome. Colocava meu filho no peito e ele não sugava“, recorda.

Ana conta que o filho passava horas chorando, mesmo com o peito da mãe à disposição. “Algumas vizinhas disseram que meu leite era fraco. Comecei a chorar porque não sabia o que fazer e me culpava por tudo. O pai insistia em dar mamadeira com fórmula, porém, além de me sentir inválida como mãe, não tive o menor apoio ou qualquer tipo de ajuda para tentar amamentar”, relata.

“Na época, meu filho perdeu peso. Eu comia cuscuz, rapadura, tomava caldo de cana, chá de erva-doce, fazia massagem e nada. Meu psicológico não ajudava e era essencial ter calma”,

diz Ana Carolina Rodrigues.

A situação mudou quando Ana visitou o núcleo de aleitamento do Hospital Geral de Fortaleza. “Lá descobri que meu bebê apenas ‘chupetava’ meu peito e era um alento para ele. Por não ter leite, ele não tinha estímulo para sugar e, por ele não sugar, não havia produção de leite. Um ciclo terrível”.

Após a orientação de profissionais, a personal stylist passou a oferecer uma fórmula infantil para o filho e usar uma sonda no peito. “Um mês depois de nascido, comecei a produzir leite. Foi muito difícil e cansativo lutar sozinha, mas consegui amamentar até ele fazer dois anos e meio”.

Ana Carolina Rodrigues e seu filho Benjamin (Foto: Arquivo)

Chega de culpa

Mesmo com suporte profissional e sem descartar a importância do aleitamento materno, a mamadeira pode tornar-se a única opção para algumas mães, a exemplo da apresentadora Fernanda Gentil. Nas redes sociais, ela já compartilhou abertamente a relação conturbada com a amamentação. “Para uma mãe que sempre sonhou em viver o momento mágico do filho mamando no peito, a notícia da mamadeira cai como uma bomba. Repassei a gravidez inteira na minha cabeça tentando descobrir onde errei. O meu sofrimento durou até eu dar a primeira mamadeira, quando descobri que eles também olham no nosso olho e a mãozinha também segura o nosso dedo”, escreveu.

Fernanda Gentil e o filho Gabriel (Foto: Reprodução/Instagram)

De acordo a enfermeira Sabrina Alapenha, sócia da consultoria Ama Amamentação, o aleitamento requer técnica adequada, apoio familiar e profissional. “É comum encontrar casos de mulheres que não conseguiram amamentar exclusivamente seus bebês e isso não as tornam menos mães. O amor vai muito além disso”, afirma.

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Consultora Sabrina Alapenha, paciente Fernanda Linhares e bebê Maria Luisa (Foto: Arquivo)

“Existem outras formas de criar e fortalecer o vínculo com o bebê. Cuidar e dar colo são excelentes formas de conexão”,

diz Sabrina Alapenha.

A consultora afirma que algumas patologias podem impedir o processo da amamentação por gerar risco de transmissão da doença para o bebê. “Existem também uma parcela pequena de mulheres que não conseguem amamentar porque há alguma deficiência da glândula mamária, resultando uma produção muito reduzida de leite. Cirurgias mamárias, a depender da técnica utilizada, podem afetar o processo da amamentação”, comenta.

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