9 set 2020 | Entretenimento
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, divulgou na última terça-feira (8), em um anúncio histórico, novas regras de elegibilidade para fomentar a diversidade entre os indicados ao prêmio de melhor filme. A partir de 2024, os longas que quiserem concorrer na categoria de melhor filme deverão atender, no mínimo, dois dos quatro critérios.
As mudanças vão valer para o Oscar de 2022 e de 2023, quando cada produção deverá enviar um formulário demonstrando que seguiu um dos padrões de inclusão da academia. As exigências serão observadas a partir de fiscalizações das gravações e do diálogo entre a Academia e cineastas e distribuidoras.
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Uma das regras que as produções deverão atender é a inclusão de membros de minorias, como hispânico/latino e negro/afro-americano indígena, em papéis de protagonistas ou coadjuvantes, ou no mínimo 30% do elenco composto por grupos pouco representados, como mulheres e LGBTQI+, ou narrativa principal focada nestes grupos.
As produções também deverão ter número determinado de membros de grupos pouco representados, como mulheres e pessoas com deficiência, em cargos de liderança ou 30% da equipe geral formada por membros destes grupos.
Além disso, deverão obrigatoriamente oferecer cargos pagos de estágios ou de aprendizado para membros de grupos pouco representados nos estúdios, distribuidoras e produtoras, além de vagas de oportunidades de desenvolvimento de habilidades e de treinamento para membros destes grupos em cargos menores na equipe de produção.
E também será cobrado cargos de liderança nos estúdios e/ou produtoras preenchidos por membros de minorias ou grupos pouco representados nas equipes de comunicação, marketing, distribuição e/ou publicidade.
Em junho deste ano, a entidade já havia anunciado que tinha planos para a aumentar a diversidade na premiação. Na época, também afirmou que a partir de 2022 a categoria de melhor filme passa a ter sempre dez indicados.
Em outra busca por implementar mais representatividade, a Academia anunciou novos ‘jurados’ para a turma de selecionados de 2020, dos quais 45% são mulheres, 36% pertencentes a minorias étnicas ou raciais e 49% são estrangeiros, de 68 países diferentes, incluindo o Brasil.
Fonte: Portal G1 Globo