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Artista plástico, bordadeiro, designer gráfico: Descubra as facetas de Mario Sanders

7 ago 2021 | Lifestyle

Por Jacqueline Nóbrega

Mario Sanders é um dos principais artistas plásticos do Estado, com trabalhos expostos em grandes exposições nacionais. Este ano ele participa do 72º Salão de Abril, que acontece no Centro Cultural Casa do Barão de Camocim e conta pela primeira vez com a curadoria de três mulheres: Luise Malmaceda, Luciara Ribeiro e Ana Cecília. Ao todo, foram mais de 200 inscritos, mas somente 35 artistas selecionados. Natural de Aquiraz, Mario, que também é designer gráfico e bordadeiro, começou a trajetória nas artes na adolescência, fazendo desenhos de revistas em quadrinhos. 

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“Escrevia as histórias e depois desenhava. Na produção das revistas que eu fazia, já tinha um pouco de design gráfico, tanto nas capas como na diagramação”, contou. 

Mario Sanders contou que o grupo Fratura Exposta foi um divisor de águas na sua vida (Foto: Arquivo pessoal)

Nos anos 80, fez parte do grupo Fratura Exposta, que, segundo ele, foi um divisor de águas na sua vida. “Seis jovens de periferia aparecer no cenário artista cearense, antes restrito somente à Aldeota, foi um marco. No entanto, antes do Fratura, já tinha conquistado alguns prêmios, ms grupo foi o selo de qualidade para a minha produção”. 

Nas Olimpíadas de Tóquio, na última semana, a imagem de Tom Daley tricotando na arquibancada ganhou grande repercussão mundo afora. Assim como Tom, Mario é adepto dos trabalhos manuais. Ele diz que pinta e borda e que nasceu entre linhas. 

Entre linhas

“Minha avó e mãe faziam renda de bilros, minha mãe até hoje faz. Minha avó bordava, fazia croché e costurava. E me orientava nos desenhos. Meu avô era pescador e fazias suas próprias redes de pescar. Meu bisavô trabalhava com madeira, fazia bancos e restaurava alguns santos de madeira da Igreja Matriz de Aquiraz”. 

“No entanto, somente comecei a mexer com bordados há uns 4 anos. Eu bordo sem nem pensar que possa parecer uma atividade feminina. Não lembro disso. Só quando tocam no assunto. Acho que é mais um meio nas atividades da arte contemporânea, assim como são pinturas, desenhos, instalações, fotografias, etc, reforça. 

O trabalho de Sanders no Salão de Abril: bordado em toalha instalado em oratório (Foto: Arquivo pessoal)

Mario, inclusive, está produzindo uma exposição individual somente com bordado, ainda sem data de estreia. “Também tenho agendado uma exposição coletiva com meus alunos do Acompanhamento Individual Para Jovens Artistas, que acontecerá na Kraft Atelier Coletivo em setembro”. 

O início da pandemia, segundo o artista, foi difícil. “Mas depois mudou de cabeça para baixo. Não afetou minha criatividade, pelo contrário, passei a produzir mais. Inclusive utilizando o próprio momento como tema de alguns trabalhos”. 

Ele torce que para que tudo volte ao presencial nos próximos meses. “Meu trabalho é presencial. Meu bordado tem relevo, textura. Tem os objetos. Mas independente disso torço pela humanidade, pelo bem-estar coletivo. E que possamos tirar exemplos de tudo que está acontecendo”. 

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