9 mar 2021 | Lifestyle
As mulheres carregam consigo milhares de histórias sobre si e sobre suas vivências. Contudo, a literatura ainda é um espaço majoritariamente masculino. Até o século XX, a mulher era recomendada a não publicar um título com o próprio nome. Com esses preconceitos, a representação das mulheres é feita através do olhar masculino, sem a devida representatividade.
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Confira cinco livros escritos por mulheres sobre mulheres.
Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de mulheres se voluntariaram para lutar pelo país. Neste processo, em um cenário de guerra – majoritariamente masculino – elas abdicaram, até mesmo, da feminilidade, por algo maior: a pátria. Contudo, essas vozes são ignoradas até hoje. Nos filmes e nos livros de história, os homens ganham destaque.
No livro-reportagem de Svetlana Aleksiévitch, a jornalista conversa com algumas das mulheres que lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial. As memórias evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.
Uma das obras feministas clássicas, a narrativa mostra como seria uma sociedade utópica composta unicamente por mulheres. A história acompanha três homens explorando a Terra das Mulheres e, assim, através das considerações deles, é exposto todo o preconceito que eles carregam. O livro serviu de inspiração para as amazonas da Mulher-Maravilha.
A jornalista Lisa Taddeo acompanhou, durante anos, três mulheres de diferentes cidades dos Estados Unidos. O objetivo era falar sobre o desejo, a sexualidade, no ponto de vista de personagens distintas. Com depoimentos honestos e reais, a narrativa acompanha as vivências de Lina, Maggie e Sloane, que só querem ser admiradas, compreendidas e desejadas.
É através dos quadrinhos que Marjane Satrapi conta a a história da sua infância e adolescência no Irã, durante a Revolução Islâmica. Com 10 anos, a autora se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita. Além de compreender todas as lutas de Marjane e os machismos impostos pelo governo, em Persépolis, o Irã parece um país muito mais próximo.
Livro independente da jornalista cearense Lorena Portela, acompanha uma publicitária que adoece com a rotina agitada do trabalho. Precisando fazer uma pausa, a personagem recorre a um refúgio na Praia de Jericoacoara. Neste paraíso, ela conhece mais de si, sobre outras mulheres e sobre os vários tipos de morte, inclusive, a diária. Uma história sobre todas as mulheres.