29 jun 2021 | Lifestyle
Cada geração tem os points que marcaram época e deixaram saudade. Na onda da discussão sobre o que é ser cringe ou millenial, resolvemos resgatar memórias dos fortalezenses que curtiram baladinhas, rodízios de pizzas e shows de rock no início dos anos 2000. E aí, qual desses points era o seu rolê? Confira:
LEIA MAIS >> O que é cringe? Conheça o termo que está em alta na web
Cabeto resgata foto com Costanza Pascolato na Maraponga; veja outras memórias
Com inspiração retrô e sanduíches fartos, a hamburgueria Sputnik ficava na Av. Senador Virgílio Távora, bem próximo do cruzamento com a Av. Dom Luís, e funcionou entre 2006 e 2013. O aquário de bala soft era um dos diferenciais do espaço, que pertencia ao Grupo Social Clube – hoje detentor de restaurantes como Santa Grelha e Carbone -, e teve projeto assinado pelo arquiteto Marcus Novais. No período de férias, o restaurante promovia, às quartas-feiras, a festa Young Vibes, com DJ e mini sanduíches e refrigerante à vontade.
“O projeto tinha três ambientes e para a época foi um marco para a cidade, inclusive ganhando naquele ano o prêmio de restaurante mais bonito de Fortaleza. O aquário de balas softs marcou gerações, que até hoje se lembram de encher os bolsos com aquelas guloseimas, mas também as cadeiras de acrílico coloridas, os sofás no piso superior com sistemas de audiovisual, tudo foi feito com muito cuidado”, contou Rodrigo Moreira, diretor operacional do Social Clube.
“Há quinze anos éramos os únicos da cidade com esse diferencial: burger feito diariamente com carne fresca de alta qualidade. Fomos o primeiro também a dispor na mesa ketchup e mostarda da Heinz, que trazíamos de São Paulo todos os meses, mas isso não atraia o público adulto, somente a garotada. O restaurante era cheio principalmente nos finais de semana, mas nos dias úteis não tinha muito movimento. Com certeza, se fosse hoje o resultado seria outro”.
Quase em frente ao Sputnik, ficava a loja Anamac, também febre nos anos 2000. A brand revendia peças de diversas grifes, a exemplo de Cris Barros, 284 (das irmãs Tranchesi e Helena Bordon) e Seven, além de ter coleção própria, e caiu nos gostos das blogueiras na época. A proprietária, Tatiana Machado, recebia muitas convidadas especiais no espaço, como Camila Coutinho, que esteve em 2011 na Anamac e fez um post em seu badalado blog.
Em época de serviço de streaming, parece muito distante lembrar que as locadoras de vídeo fizeram sucesso na cidade. Nos tempos áureos, a Distrivídeo tinha unidades espalhadas em diversos bairros de Fortaleza, e um deles ficava na Virgílio Távora – bem perto da Anamac e Sputnik. Quem nunca passou minutos olhando para as prateleiras da locadora, em dúvida sobre qual filme alugar para assistir em casa? Ou teve que rebobinar a fita antes de devolvê-la? Depois de 34 anos, a Distrivídeo anunciou que fecharia a última loja em 2021, localizada na Av. Antônio Sales.
O Mucuripe Club funcionou em três espaços de Fortaleza: na Avenida Beira Mar; depois no Centro de Fortaleza, onde alcançou o auge do funcionamento, até janeiro de 2015; e o mais recente, no cruzamento das avenidas Santos Dumont e Engenheiro Santana Júnior. Na época do Centro, o Mucuripe tinha vários ambientes e promovia festas que também marcaram uma geração. Alguém lembra das festas ao som de Mr. Babão na casa de shows? E do finado Mucukids, uma matinê para menores de idade que acontecia aos domingos?
O Mucuripe também recebeu shows de grandes artistas nacionais, e as prévias das festas que antecediam o Fortal. David Guetta e The Offspring, também passaram pela casa de shows, que hoje segue com a marca na área de camarotes do Fortal.
O Viva la Vaca era uma restaurante que funcionava na Av. Santos Dumont e que oferecia um super rodízio, no qual era possível se deliciar com carnes, massas, sushi e o que mais quisesse. O cardápio era enorme e tinha opção para todos os gostos. Na época, ele se tornou point entre os jovens na hora de comemorar os aniversários. O espaço também fazia sucesso nos sites de compra coletiva.
Barraca na Praia do Futuro, a Biruta ficou famosa pelos shows que recebia, com repertório musical diversificado, que ia do samba ao rock. A página do Facebook do lugar aponta que ele funcionou até ano passado, antes da pandemia, mas a barraca viveu seu auge há alguns anos. Recentemente, o nome da Biruta voltou a ficar em voga com os jovens questionando se quem foi da “geração Biruta” estava perto de se vacinar na Capital.
quandé que vão chamar a geração hey ho, terçanormal na biruta e canto das tribos pra vacinar?
— moça do mkt (não aquela) (@efbg_) June 24, 2021
Seguindo a tradição:
— Sarto da Massa (@SartoDaMassa) June 22, 2021
As quintas serão vacinadas as Gerações:
Curral do boi
Kangalha
Órbita e
Biruta
Localizada na Av. da Abolição, a Fabbrica 5 era voltada para os adolescentes dos anos 2000 e fazia sucesso aos fins de semana com música ao vivo e set com DJ para animar a galera. Durante a semana, o espaço era alugado para festas de aniversários e casamentos.
Em 2016, o perfil do Facebook da boate compartilhou um vídeo com os grandes sucessos que tocavam na festa. Bateu uma nostalgia?
O Clube do Vaqueiro talvez seja o mais antigo da lista, e marcou a geração que gostava do forró raiz, além de ter sediado shows de bandas como Noda de Caju, Limão com Mel e Mastruz com Leite, e as tradicionais vaquejadas. O clube fechou as portas em 2018, e o local foi transformado em um loteamento de casas.
A proposta do Fiteiro, que ficava já bem próximo da Praia do Futuro, era ser um espaço inspirado nos beach clubes europeus. No repertório, o que bombava eram samba, pagode e forró. A casa, que era uma extensão do Fiteiro da Varjota, também tinha menu inspirado na culinária regional.
O festival de música que acontecia todos os anos em Fortaleza, de 2001 a 2012, no Marina Park Hotel, marcou uma geração e trouxe grandes shows, de Sandy & Junior a Black Eyed Peas, passando por nomes como Charlie Brown Jr, Skank, Biquini Cavadão, Pitty e Angra. Em 2017, chegou a ser anunciado que o festival iria retornar, mas a promessa nunca se concretizou.