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Mãe solo compartilha vivências: ‘Não crie expectativas de ser uma mãe perfeita’

14 maio 2023 | Lifestyle

Por Tainã Maciel

Em entrevista a Plataforma MT, a comunicadora e empreendedora cearense Clara Dourado compartilha as próprias vivências da maternidade

Clara Dourada é mãe do pequeno Annabi (Foto: Arquivo Pessoal)

A comunicadora e empreendedora cearense Clara Dourado sempre sonhou em ser mãe, mas quando chegou a notícia de que esse desejo se realizaria, a sagitariana foi pega de surpresa. “O Annabi não foi planejado, mas ele foi muito sonhado”, comenta. Hoje, aos 36 anos, ela concilia a carreira profissional com a missão agridoce de ser mãe solo. Em entrevista a Plataforma MT, Clara compartilha as próprias vivências da maternidade, partindo do dia em que soube que estava grávida.

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“Quando descobri, a gestação já estava com alguns meses. Eu tenho ovários micropolicísticos, então, pra mim era normal ficar sem menstruar. Fiz até um teste de farmácia, mas deu negativo e meio que me despreocupei”, lembra. “Comecei a sentir uma dor muito forte no baixo ventre e fui pra ginecologista esperando o pior porque as minhas duas avós tiveram câncer, mas quando a médica ouviu os batimentos cardíacos ela falou ‘parabéns mamãe’. Foi um mix de sentimentos e comecei a chorar muito”, conta.

“Fiquei muito feliz porque sempre foi meu sonho, mas eu não esperava naquele momento. Fiquei desesperada também porque ser mãe exige uma grana e ter uma organização financeira é o ideal, pois realmente são muitos custos. Mas o principal sentimento que surgiu foi a felicidade de estar gerando uma vida”,

afirma Clara Dourado.

Logo após a descoberta, a cearense começou a organizar um planejamento para a chegada do bebê, mas os desafios do período foram potencializados com o primeiro lockdown, decretado uma semana após a ultrassom reveladora. O ano era 2020 e Clara teria que lidar com uma gestação durante a pandemia da Covid-19.

Clara Dourado em 2020 (Foto: Arquivo Pessoal)

“Tive que fazer tudo online: as compras, a organização, o planejamento e até o chá do baby foi online. Isso gerou muito estresse e muita solidão também porque eu só podia sair pra fazer exame e ficava morrendo de medo de alguma coisa acontecer comigo e com ele. Foi bem complexo, mas deu tudo certo, sobrevivemos e temos essa história para contar”, partilha.

Rede de apoio

Annabi nasceu no dia 11 de junho de 2020 e já vai completar três anos “de pura safadeza”, como brinca Clara. Gaiato e curioso, ele se tornou parceiro de aventuras da comunicadora cearense, que conta com uma rede de apoio para lidar com a rotina corrida.

Gaiato e curioso, Annabi é parceiro de aventuras da comunicadora cearense (Foto: Arquivo Pessoal)

“Sou mãe solo, então, por conta da pandemia fui morar com a minha mãe. Hoje, eu tenho uma rede de apoio maior. Acho que até as pessoas que trabalham comigo também se tornam minha rede de apoio porque às vezes preciso levar o Annabi pra uma reunião e as pessoas precisam entender esse tempo”, comenta.

Clara mora em um co-living ao lado de outras mães empreendedoras e esse é um fator que faz diferença na logística do dia a dia, segundo ela. “A gente super se ajuda e a minha principal rede de apoio é composta pela minha mãe, as pessoas que estão nessa ‘vila’ e a minha namorada. Tenho muita sorte porque sei que tem gente que nem isso tem, sabe? Me sinto muito abençoada”.

Clara e o filho moram em um co-living ao lado de outras mães empreendedoras (Foto: Arquivo Pessoal)

“Todo mundo que convive com a gente acaba sendo um pouco de rede de apoio. A exaustão é absurda justamente por tudo ser comigo: a disciplina, a felicidade, a birra e a hora de dormir. O meu tempo pra mim mesma e pro trabalho é sempre dividido com a minha demanda materna que é a principal. Cuidar dele é minha prioridade e busco o caminho da educação positiva que também exige mais tempo e inteligência emocional”, diz Clara.

Não existe mãe perfeita

Além do esforço físico e psicológico, a limitação financeira é um dos principais desafios da maternidade apontados por ela. “Por meio do financeiro, você consegue rede de apoio paga, que é uma alternativa para uma pessoa quando não existe outro parceiro, por exemplo. No meu caso, a minha mãe me ajuda sempre. A minha avó também é louca por ele”.

Clara Dourado ao lado da mãe, Lila Dourado (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante a entrevista, Clara ainda deu conselhos para outras mães que vivem situações semelhantes. “O conselho que eu daria pra uma mãe solo é valorizar as pessoas que vão ficar do lado dela após a maternidade porque faz toda a diferença, principalmente nos dois primeiros anos. Às vezes tudo que a mãe precisa é de alguém pra segurar seu filho por cinco minutos para ela tomar um banho em paz, pra ela meditar e lembrar que é uma pessoa”.

Clara aconselha mães solo a valorizar a rede de apoio (Foto: Arquivo Pessoal)

“A mãe precisa valorizar o que está fazendo e não criar uma expectativa de que vai ser a mãe perfeita, porque ela não vai ser. Ela vai ser a mãe possível, a mãe que o filho ou filha precisa. Aconselho também muito auto-acolhimento e amor próprio pra saber lidar com essas inseguranças que batem o tempo todo”,

finaliza Clara Dourado.

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