27 out 2023 | Lifestyle
Médica especializada em Ginecologia e Obstetrícia responde as principais dúvidas sobre a doença
A campanha do Outubro Rosa já é amplamente reconhecida em todo o mundo. A data, celebrada anualmente, tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama. Em vista disto, a médica Anna Dias Salvador, especializada em Ginecologia e Obstetrícia, aborda os principais mitos e verdades sobre a doença. Confira:
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Pode ser. Cerca de 5 a 10% dos casos estão relacionados a mutações genéticas hereditárias, como BRCA1 e BRCA2.
Verdade. Adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o consumo de álcool e não fumar podem reduzir o risco de desenvolver câncer de mama.
Verdade. O risco aumenta com a idade, sendo mais comum após os 50 anos.
Mito. As próteses de silicone não aumentam o risco de câncer de mama.
Mito. Mulheres com prótese de silicone também podem realizar a mamografia, mas podem ser necessários cuidados adicionais para melhor visualização do tecido mamário.
Verdade. A amamentação pode reduzir o risco de câncer de mama, mas não amamentar não significa que necessariamente se desenvolverá a doença.
Mito. O câncer de mama não é causado por trauma no seio.
Verdade. O câncer de mama pode ser tratado e, quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de cura.
Mito. A dor nos seios não é um sintoma frequente de câncer de mama, mas é importante procurar um médico se houver qualquer alteração ou preocupação.
Nem sempre. Nem todos os nódulos mamários são cancerígenos. Muitas vezes, os nódulos são benignos, mas é importante que sejam avaliados por um médico.
Verdade. O uso de anticoncepcionais orais pode aumentar ligeiramente o risco de câncer de mama, mas esse risco é pequeno e desaparece após parar o uso.
Mito. Embora o risco seja maior para mulheres mais jovens, mulheres na menopausa ainda podem desenvolver câncer de mama.
Verdade. A terapia de reposição hormonal, especialmente com estrogênio e progesterona combinados, pode aumentar o risco de câncer de mama.
Verdade. Geralmente é recomendado começar a fazer mamografia de rastreamento entre os 40 e 50 anos.
Mito. Ter um histórico familiar de câncer de mama aumenta o risco, mas não significa que a pessoa definitivamente terá a doença. A porcentagem de risco depende de vários fatores, incluindo a presença de mutações genéticas.
Nem sempre. A decisão de realizar a mastectomia preventiva é pessoal e deve ser discutida com um médico especializado em câncer de mama.
Mito. Não existe evidência científica que relacione o uso de desodorante aerossol ao câncer de mama.
Verdade. O diagnóstico e tratamento precoces aumentam as chances de cura e possibilitam opções de tratamento menos invasivas.
Verdade. O câncer de mama pode ser classificado em diferentes graus, que indicam a agressividade e o crescimento das células cancerígenas.
Anna Dias Salvador é coordenadora do serviço de Mastologia da Rede Mater Dei de Saúde e Embaixadora da Inspirali, ecossistema de educação médica do Brasil.