18 jan 2023 | Moda
Cada peça foi criada especialmente pela estilista e stylist Clara Lima
Como todos anos, o Ensaio da Anitta é uma das festas de pré-carnaval mais esperada pelos foliões e fãs da cantora. Nesta edição os visuais foram criados e pensando pela estilista Clara Lima, que teve como desafio o tema “Mulheres Guerreiras”, com o intuito de enaltecer figuras femininas históricas nacionais e internacionais.
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Anitta abriu a temporada de shows que antecedem o carnaval, no primeiro sábado do ano (7), em um grande espetáculo musical em Salvador, com a presença de Timbalada, Psirico e Xanddy Harmonia. E passaram com a turnê pelas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Brasília, Curitiba e Santa Catarina.
O primeiro figurino escolhido pela cantora teve como inspiração a Tieta do Agreste (1977), personagem de um romance escrito por Jorge Amado, que conta a história de uma garota escorraçada de sua cidade natal por ser uma pessoa sexualmente livre.
O segundo figurino foi em homenagem à Marietta Baderna, nascida na Itália e filha de uma artista e revolucionário, entrou no mundo da arte com o balé, aos 12 anos e aos 21 já era destaca como “prima ballerina assoluta”. Veio ao Brasil na época que o império escravocrata era governado por Dom Pedro II.
Baderna não era revolucionária somente na política, mas em seus costumes também, uma apreciadora dos festejos populares, do álcool e por mais que dançasse nos salões tradicionais da realeza, Marietta gostava mesmo era da rua. E foi assim que conheceu a resistência dos escravos e principalmente que se apaixonou pelas danças que coreografavam tal resistência nos corpos das mulheres negras.
A sensualidade e a força dos ritmos e danças africanas foram rapidamente assimilados por Baderna, que passou a não só frequentar as reuniões populares como principalmente a incorporar à delicadeza do balé os passos do lundu, da cachuca e da umbigada, assim, mudando a forma de dançar e se tornando uma bailarina do povo.
Anitta incorporando em seu terceiro figurino a astronauta Valentina Tereshkova, primeira, única e mais jovem mulher a viajar sozinha ao espaço. Reconhecida como heroína pela missão de sucesso no ônibus espacial Vostok 6, em 1963, que recebeu honrarias de líderes do mundo todo.
O look transmite o poder das mulheres em ocupar novos lugares com coragem, e a estética remete às roupas espaciais com o uso dos tecidos metalizados, destacando os brincos, criados pela designer de joias Flávia Madeira.
No último domingo (15), Anitta levou ao palco a revolucionária Anita Garibaldi, sempre engajada em causas sociais e políticas, participou da Revolução Farroupilha, na batalha dos Curitibanos. Também na Itália na Batalha de Gianicolo, onde lutou para a unificação do país, assim levando o título de “heroína dos dois mundos”. O figurino foi inspirado na obra Alegoria da Revolução de Johann Moritz Rugendas.
Neste fim de semana, Anitta homenageou Barbarella, uma série de história em quadrinhos para adultos, criada em 1962 pelo ilustrador e escritor francês Jean-Claude Forest. Trata-se aventureira espacial do futuro, com tendências ninfomaníacas que usa o corpo e a sexualidade para conquistar e derrotar os seus oponentes.
Anitta subiu ao palco em Recife homenageando a personalidade Maria Bonita, esposa de Lampião, líder do cangaço no Nordeste. Conhecida pela força e independência por trocar uma vida tradicional pelos anos no cangaço, a cantora escolheu Maria pela garra que ambas tiveram para encarar o mundo.
Os acessórios usados por Anitta vieram diretamente do Cariri, feito especialmente pelo Mestre Espedito Seleiro que confeccionou o par de botas, bracelete e cartucheira.
A Gril From Rio trouxe um look com as cores da bandeira do Brasil com recortes ao longo do corpo.