Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Look exclusivo foi usado no show de Vancouver, no British Columbia, localizado no Canadá

Beyoncé vem arrastando multidões com a Renaissance World Tour e entregando looks impecáveis inspirados na cultura ballroom com pitadas generosas da era disco. Na última segunda-feira (11), a cantora usou um body exclusivo da marca brasileira PatBo no show de Vancouver, no British Columbia, no Canadá. Com franjas e bordados prateados, cor que se tornou assinatura da turnê, a peça foi bordada a mão e demorou dois meses para ser feita.

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A PatBo é a marca da designer mineira Patrícia Bonaldi, dona da única label brasileira que desfila coleções na Semana de Moda de NY junto de nomes gigantes como Jason Wu, Rodarte, Altuzarra e Proenza Schouler. Inclusive, a peça usada por Queen B foi produzida em Uberlândia.

Os stylists da cantora entraram em contato com a PatBo para a criação de looks exclusivos. A marca apresentou duas opções para a equipe, que escolheu o figurino com franjas e bordados para a apresentação.

Segundo Felipe Vasconcelos, pesquisador e criador de conteúdo de moda, o body usado por Beyoncé ainda se baseia em dois designs da marca que foram apresentados na coleção de outono 2022 na NYFW.

“Como muitas dos looks presentes na Renaissance World Tour, essas peças são ligadas a alguns figurinos icônicos da carreira da Beyoncé, como a regata branca e o short jeans do clipe de ‘Crazy In Love‘ ou a algum aspecto do contexto cultural ou histórico ligado ao Renaissance, como o surrealismo, a era disco, a house music, as influências country que às vezes aparecem implicitamente nas letras do álbum e a música eletrônica de uma maneira geral”, comenta.

A peça assinada pela brasileira PatBo agora figura ao lado de produções de alta costura de renome histórico como a Schiaparelli e a Valentino que também foram escolhidas por Beyoncé para a Renaissance World Tour.

“A PatBo tem mão de obra completamente brasileira. As peças são produzidas em Uberlândia e apenas apresentadas lá fora, gerando uma concentração bem interessante do capital criativo nacional, além de agregar valor às peças já que elas garantem o status de ter uma produção artesanal. Os bordados são produzidos à mão através das bordadeiras contempladas pelo projeto ‘Bordando Sonhos’, criado pela marca em 2015, com a missão de capacitar pessoas gratuitamente com técnicas tradicionais de bordado”, aponta Felipe.