5 nov 2020 | Notícias
O Airbnb, empresa estadunidense de aluguel de residências, planeja fazer um pedido de oferta pública inicial (IPO) no início da próxima semana. O objetivo da startup é estrear na bolsa de valores no próximo mês, independentemente do aumento dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos e na Europa. As informações foram divulgadas pela agência de notícias britânica Reuters, nesta quinta-feira (5).
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A oferta pública inicial deve dar aos investidores externos uma primeira visão detalhada dos negócios do Airbnb, principalmente,após a reinvenção da empresa durante a pandemia do novo coronavírus. Os clientes mudaram o foco de procura por apartamentos na cidade para aluguéis de casas de férias por temporada. Além disso, os turistas, que desejam praticar o distanciamento social, preferem estes locais a hotéis. Dessa forma, a startup teve que se adaptar a demanda e aumentar a de listagens dessas casas.
Em dezembro, o Airbnb já planejava definir uma faixa de preços de IPO para os investidores, conforme relatou uma fonte à Reuters. Ela também ressaltou que os valores estão sujeitos às condições do mercado.
A empresa de aluguéis deve ser uma das maiores listagens do mercado de ações deste ano, que teve outras grandes operações. Empresas como a gravadora Warner Music , a empresa de análise de dados Palantir Technologies e a empresa de armazenamento de dados Snowflake tornaram-se públicas este ano.
No mês passado, a Reuters divulgou que o Airbnb pretendia arrecadar cerca de US$ 3 bilhões e que poderia atingir uma avaliação de mais de US$ 30 bilhões no IPO.
As formas de viajar se transformaram durante a pandemia do novo coronavírus.Aspectos de limpeza e higienização ganharam mais relevância na decisão dos viajantes em relação à estadia. E os locais com menor fluxo de pessoas, como casas de campo e em cidades menores de praia, conquistaram a preferência dos hóspedes.
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Essas mudanças devem permanecer no próximo ano, as viagens devem ser menos sobre turismo tradicional e mais sobre viver com segurança longe de casa. Conforme pesquisa do Airbnb nos Estados Unidos, existem três tendências principais redefinindo as viagens em 2021: viver em qualquer lugar, destinos hiperlocais e viagens de reconexão.
O home office, uma realidade de muitas pessoas, possibilitou que o trabalho fosse realizado em outros espaços. Durante a pandemia, 20% dos entrevistados da pesquisa se mudaram para outro local, temporariamente ou permanentemente.
As viagens domésticas devem ser uma tendência fundamental em 2021. Conforme a pesquisa do Airbnb, 62% das pessoas estão interessadas nesse perfil de viagem. No Brasil, teve um aumento de reservas de casas inteiras no campo e em cidades menores de praia, a até 300 km dos centros urbanos.
Além disso, os entrevistados declararam o interesse de se reconectar com amigos e familiares de forma segura. Nesse contexto, as famílias têm buscado cada vez mais o Airbnb como uma maneira de estarem mais próximas com segurança.