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Móveis para quarto são os mais exportados do Ceará

19 dez 2020 | Notícias

Por Redação

Este ano vários setores registraram queda na produção e nas vendas devido aos desafios econômicos e sanitários impostos pela pandemia da Covid-19. No entanto, o setor moveleiro no Ceará está em alta nas exportações, segundo atesta o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário do Ceará (Sindmóveis) e dono da Osterno Móveis, Osterno Júnior. Os móveis para dormitório, sala de jantar e sofás são os produtos cearenses mais comprados pelos estrangeiros. 

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De acordo com Osterno Júnior, os norte-americanos e europeus são os maiores importantes dos móveis locais, sendo que o campeão de vendas é o conjunto para dormitório, composto por uma cama, dois criados mudos, uma cômoda baixa, uma cômoda alta e um espelho. Os norte-americanos, observa ele, optam por comprar móveis já montados. “Para não ter problema de montar no destino, uma vez que a mão de obra nos Estados Unidos é bastante cara”, explica. 

“Acredito que os americanos optam por comprar o conjunto para dormitório porque as casas dos Estados Unidos possuem mais quartos, e também em razão do poder aquisitivo, por isso eles compram dormitórios de bom valor”, avalia o empresário.

Além dos Estados Unidos, o Ceará também exporta móveis em grande quantidade para países da América Latina como Argentina e Chile. Nestes casos, salienta Osterno Júnior, a busca é maior por peças desmontadas. “Eles compram móveis desmontados porque sai mais barato, a mão de obra não é muito alta, e eles também preferem pagar menos frete e montar o móvel no destino”, acrescenta.   

Design

Os design dos móveis cearenses exportados é inspirado nos modelos italianos, líderes no segmento. “Geralmente, uma parte o cliente indica como quer o design dos móveis, e as empresas cearenses são responsáveis por desenvolver a outra parte”, detalha o presidente do Sindmóveis.

Os móveis para dormitório, sala de jantar e sofás são os produtos cearenses mais comprados pelos estrangeiros. (Foto: Reprodução/ Instagram Jacaúna Móveis)

O público norte-americano é mais conservador com a estética, e continua comprando móveis com design da década de 1980. “Eles são bastante conservadores, então continuam pedindo o mesmo modelo de 30 anos atrás. Mas vendemos tudo, desde móveis com design nosso com cores diversas até encomendados pelos clientes de fora”, conta.

Lenta recuperação

O bom momento que faz o setor moveleiro ir na contramão da crise se deve, conforme Osterno Júnior, ao dólar favorável desde o ano passado, o que permite a competição com os maiores concorrentes dos móveis cearenses: os asiáticos. “Não exportamos ainda mais porque está faltando matéria-prima”, justifica.

A boa fase influenciará o mercado interno, conforme projeta Osterno Júnior, e tem grandes chances de manter a boa performance em 2021. “Nós vamos voltar a exportar muito para os Estados Unidos, o país que mais compra móveis no mundo, por conta do câmbio que está favorável”, projeta.

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Os bons resultados das empresas associadas ao Sindmóveis em exportação estão vindo após o programa Ceará Móveis Export, realizado em 2016 e 2017 pelo sindicato, Centro Internacional de Negócios da Fiec e Unifor. O foco foi a prospecção de mercados internacionais.

No entanto, segundo o presidente do Sindmóveis, o estado ainda não atingiu o patamar de exportação dos anos 2000 a 2008, quando os níveis eram maiores em comparação aos atuais. “A gente sempre compara com as melhores épocas. A luta, o objetivo é chegar aos patamares dos anos 2002, 2003 e 2004 quando os níveis eram muito bons”, finaliza.  

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