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CEO da BScash, Rafaela Mota fala sobre os avanços da fintech e as projeções para 2024

30 maio 2023 | Poder

Por Tainã Maciel

Empresa do grupo BSPar, a BScash pretende atuar em todo o território nacional até 2024

Rafaela Mota é CEO da BScash (Foto: Divulgação)

Administradora renomada com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro, Rafaela Mota atualmente é CEO da BScash, fintech do grupo BSPar, com foco na pessoa física e guiada pelo objetivo de democratizar os serviços financeiros por meio da tecnologia. Em entrevista à Plataforma MT, Rafaela pontuou os principais avanços da fintech cearense, lançada em 2021 e que já atua em 12 estados, além de falar sobre as projeções da empresa para 2024.

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Profissional com MBA em Gestão Financeira e Controladoria pela Fundação Getúlio Vargas e MBA Executivo pela COPPEAD, Rafaela começou a trabalhar no grupo BSPar atuando na estruturação dos fundos de investimentos do grupo, e há três anos, assumiu a missão de liderar a BScash. Confira a entrevista completa:

Rafaela, como a BScash opera e qual é o principal produto da plataforma?

O grupo BSPar é muito conhecido pelo segmento da construção, mas atuamos no mercado financeiro, desde 2009, através dos fundos de investimento. Os fundos operam com empresas de médio a grande porte e, há três anos, Beto Studart trouxe o desejo de trabalharmos também com a pessoa física no mercado financeiro, levando uma relação mais respeitosa e justa para um público menos favorecido. Assim, surgiu a BScash, uma plataforma de gestão de pagamentos e, hoje, o nosso principal produto é a gestão de folha de pagamentos. Somos especialistas nisso e optamos por ter uma plataforma própria onde podemos customizá-la e atender às necessidades específicas dos RHs e ‘financeiros’ das empresas.

A gente consegue penetrar nessas empresas, inclusive, atuando em mais de 12 estados, levando soluções que outras fintechs que usam BaaS (Banking as a Service), não conseguem levar por não realizarem essa personalização. Então, temos essa vantagem competitiva que é uma das maiores formas de conquistar os clientes, não apenas levando esse propósito bacana que a gente tem para o consumidor final, mas também possibilitando essa facilidade para os empresários e gestores de RH, que são carentes desse olhar.

Como a pauta da inclusão está inserida na BScash?

O propósito da BScash é pautado pela inclusão de serviços financeiros. Passamos pela pandemia e vimos o boom que teve o acesso à digitalização, até mesmo pelo próprio auxílio emergencial, mas percebemos que esse acesso é muito superficial. As pessoas menos favorecidas ainda têm pouco acesso aos serviços e quando têm é de uma forma muito agressiva, ou seja, elas já possuem uma renda bem comprimida e acabam pagando tarifas muito altas e taxas mais abusivas. A BScash nasce com o propósito de “digitalizar” essas pessoas. Hoje, todo mundo tem um smartphone e as pessoas já estão muito adaptadas a esses serviços, mas nem sempre de uma forma justa.

Desde o lançamento da BScash, quais avanços já foram observados?

Como mencionei, optamos por ter uma plataforma própria e isso não foi o caminho mais fácil, mas acreditamos que era o caminho que agregava maior valor tanto para a BScash como para os nossos clientes. Poder personalizar essa plataforma é um avanço, pois batalhamos muito e até entramos no mercado um pouco depois do que gostaríamos, mas hoje usufruímos desse diferencial. Além de ter uma plataforma própria, nós também escolhemos uma rede própria de compras. Atualmente, temos mais de 2 mil estabelecimentos credenciados aqui no Ceará, onde o usuário consegue passar o cartão e receber um cashback. Assim, ele se beneficia também dessa compra e pode sacar no próprio estabelecimento, além dos bancos 24 horas. Então, esse é outro diferencial que o nosso modelo de trabalho permite.

Rafaela Mota trabalha há mais de 20 anos no mercado financeiro, passando por bancos e fundos de investimento (Foto: Divulgação)

Quais são os planos futuros para a BScash?

Com esse propósito de inclusão, a BScash não tem outra opção a não ser uma atuação nacional. Nós já estamos em 12 estados, temos operadores fora do Ceará e precisamos ter uma inserção a nível nacional de forma maciça. Para isso, vamos enriquecendo a nossa plataforma com parcerias e novos produtos que só serão possíveis porque temos essa autonomia na plataforma digital. A plataforma é uma commodity, mas tê-la de forma que eu consiga customizá-la e inovar de forma mais rápida, conseguindo ter torque e me diferenciar do meus players de mercado, é onde a gente vai atuar, onde é o nosso futuro.


A BScash nasceu pra atuar com a pessoa física. Hoje, trabalhamos principalmente por gestão de folhas de pagamentos, que é um B2B (“empresa para empresa”) com B2C (“empresa para consumidor”), mas o intuito é operar com pessoa física para além desse produto. A BScash é uma empresa jovem, mas que nasceu em um grupo muito forte. Nós temos a capacidade de atuar em todo o território nacional e essa é a nossa meta de futuro próximo, para 2023 e 2024.


Como a liderança feminina é trabalhado no grupo BSPar?

Liderança é liderança. Nunca encarei o gênero como algo limitador, como uma trava pro meu desenvolvimento profissional e, creio que sem ter essa percepção, nunca me posicionei de forma contrária. Lógico que é uma questão cultural, e não apenas no nosso país, mas é preciso que a gente não enxergue o limitador.

Trabalhar na BSPar foi muito natural e o grupo coloca as mulheres em um patamar diferente. O doutor Beto Studart, presidente do grupo, enfatiza muito como as mulheres são mais comprometidas, resilientes e organizadas, características da nossa essência. De fato, acho que temos 90% de cargos da diretoria ocupados por mulheres. Isso é maravilhoso e falo, inclusive, de equiparação salarial.

Rafaela atua no grupo BSPar desde 2009 (Foto: Divulgação)

Na sua opinião, quais fatores são essenciais para uma boa líder?

Cada vez mais vivenciamos uma rotina muito frenética. A mulher em casa é a protagonista de forma muito natural. Lá, a gente assume as maiores responsabilidades de forma geral e ter essa posição também nas empresas exige uma ginástica da nossa parte, uma jornada dupla. Acho que um ponto que torna muito diferente a nossa liderança é a capacidade de escutar. É preciso dar pausas e escutar a nossa equipe. A gente vive num mundo de forma tão corrida que muitas vezes não conseguimos ter esses momentos com a nossa equipe, com o nosso cliente. Então, acho que isso é essencial para conseguirmos engajamento dentro das empresas. A escuta exige a humildade de entender que não sabemos tudo e que boas ideias podem surgir de todas as pessoas.


Um bom líder precisa da coragem de ter gente diferente e boa na sua empresa. É muito cômodo trazer pessoas iguais a gente. Isso não me tira da zona de conforto, mas um bom líder tem que entender que precisa ter diversidade, ter pessoas de características e talentos diferentes, e que precisa estar preparado para fazer essa gestão entre elas. É preciso ter coragem para contratar gente melhor do que a gente.


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