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Você ACHAVA que sabia tudo sobre essas áreas verdes do Ceará

5 jun 2021 | Notícias

Por Redação

A Serra de Baturité é uma das riquezas do Ceará (Foto: Reprodução/Twitter)

Quem conhece o Ceará sabe que o Estado destaca-se pela beleza litorânea, conquistando cada vez mais apreciadores dos espetáculos que a natureza proporciona. Mas será que os visitantes e moradores da terra da luz sabem a importância das áreas verdes da região? Neste sábado (5), Dia da Ecologia e Dia Mundial do Meio Ambiente, descubra curiosidades sobre cinco paisagens cearenses, indicadas por Artur Bruno, titular da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).

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1 – Floresta Nacional do Araripe

Você sabia que a Floresta Nacional do Araripe-Apodi completa 75 anos em 2021? Localizada no Cariri, ela foi uma das primeiras áreas protegidas do Brasil e a primeira Floresta Nacional do país. A área foi criada em 1946 para manter as fontes de água do semiárido e barrar o avanço da desertificação no Nordeste. Além de Araripe, a unidade abrange também os municípios cearenses de Santana do Cariri, Crato, Barbalha, Missão Velha e Jardim.

Cachoeira de Missão Velha na Chapada do Araripe (Foto: Blog Ceará Praias)

Criada em duas áreas distintas – uma na Serra do Araripe, que abrange, além do Ceará, os estados de Pernambuco e Piauí; e a outra, na Serra do Apodi, entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte –, a Floresta Nacional do Araripe-Apodi tem grande importância para manutenção dos recursos hídricos no clima semi-árido da Caatinga e possui um dos últimos redutos de Mata Atlântica do Brasil.

Artur ressalta que a floresta é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e faz parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Snuc). Ela abriga espécies raras da fauna e flora, a exemplo do Soldadinho-do-Araripe, ave em gravíssimo risco de extinção.

O Soldadinho-do-Araripe tem gravíssimo risco de extinção (Foto: Brasil das Aves)

Além da beleza natural, a região guarda um rico patrimônio cultural. Inclusive, a Chapada do Araripe tem chances de se tornar um Patrimônio da Humanidade reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “A cultura do Cariri é muito rica e estamos trabalhando, com apoio de várias entidades, para que aconteça esse reconhecimento”, afirma o titular da Sema.

2 – Jericoacoara

Todo mundo já ouviu falar da paradisíaca “Jeri”, mas já parou para refletir sobre a importância da região? Também administrado pelo ICMBio, o Parque Nacional (Parna) de Jericoacoara foi criado em fevereiro de 2002, com área de 8.416 hectares, e tem por objetivo proteger e preservar amostras dos ecossistemas costeiros, assegurar a preservação dos recursos naturais, possibilitando a realização de pesquisa científica e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, recreação em contato com a natureza e turismo ecológico.

Parque Nacional de Jericoacoara (Foto: Divulgação)

O clima da região é caracterizado como quente e úmido com o período de seca variando de cinco a seis meses. Em uma visão geral do Parque percebe-se um ecossistema extremamente diverso com paisagens como Serrote, Restinga, Dunas, Lagoas, Tabuleiro, Manguezal e praias, além de 38 famílias de aves no local – com várias espécies raras ou ameaçadas de extinção.

As origens da ocupação da região remontam ao início da colonização europeia no Brasil tendo sido iniciada por navegadores que buscavam portos seguros e alimento para as tripulações. Em 1613, os portugueses seguiram para o norte do Ceará para conquistar as terras conhecidas hoje como Maranhão. Durante o trajeto, tentaram ocupar Camocim e se transferiram para a beira das terras conhecidas como “buraco das tartarugas“, hoje, Jericoacoara.

Jeri é considerada uma das praias mais bonitas do mundo (Foto: Divulgação)

Ao logo dos anos, a área ganhou fama internacional como point turístico, atraindo o interesse do poder público e da iniciativa privada. No início da década de 1980, o jornal norte-americano “The Washington Post” classificou Jericoacoara como uma das dez mais belas praias do planeta. O Parque corresponde a aproximadamente 26% da área protegida por essas unidades de conservação no Estado.

3 – Chapada da Ibiapaba

A próxima da lista é a Chapada de Ibiapaba – também conhecida como Serra Grande – uma região montanhosa que está localizada nas divisas dos estados do Ceará e do Piauí. A área tem uma abundante vegetação que possui muitos encantos naturais, onde são encontradas algumas espécies de fauna e flora das florestas de Mata Atlântica. A temperatura da região é agradável com altitude média de 800 metros acima do nível do mar, além de ser repleta de atrativos naturais como as cachoeiras Cana Brava, São Gonçalo e Sete Quedas.

O primeiro município criado na Chapada de Ibiapaba foi o de Viçosa do Ceará, em 1882, inicialmente habitada por índios tabajaras e tapuias. Em Viçosa, a arquitetura e a cultura unem elementos da colonização francesa, portuguesa e indígena. A atração natural fica por conta da cachoeira do Pirapora que fica a cerca de 30 km da cidade, e é um conjunto de quedas d’água que forma quatro cachoeiras em escala crescente, sendo a maior a do Engenho, já no estado do Piauí, com 30 metros de altura.

Parque Nacional de Ubajara (Foto: Divulgação)

Artur Bruno afirma que outro atrativo da região é o Parque Nacional de Ubajara, que fica no município de mesmo nome. É um dos menores parques nacionais do Brasil e lá se encontra a Gruta de Ubajara, que fica a 3 km do Parque com acesso por meio de trilha natural margeando um riacho ou por teleférico que dura de dois a três minutos e proporciona ao visitante uma ampla visão do parque. Em outro município da região, em Tianguá, está localizada a Reserva Ecológica Cachoeira da Floresta, local onde é permitido banho e podem ser praticadas atividades com tirolesa e rapel.

Gruta de Ubajara (Foto: Divulgação)

4 – Parque do Cocó

Área verde queridinha dos fortalezenses também ganha espaço nessa relação. Criado para proteger os entornos do Rio Cocó, o Parque Estadual do Cocó é o maior parque natural em área urbana do Norte e Nordeste do Brasil e o quarto da América Latina, sendo o maior fragmento verde da cidade de Fortaleza, com extenso manguezal e dunas milenares no entorno. A área abrange a zona limite entre as cidades de Fortaleza e Maracanaú, no Anel Viário, até a foz do Rio Cocó.

Parque Estadual do Cocó (Foto: Divulgação/Sema)

Com mais de 2 km de trilhas interligadas, a região é ideal para quem quer praticar esportes e contemplar a natureza. Além disso, o Parque contém grande variedade de ecossistemas, dos quais pode-se destacar: Dunas, Manguezais, Caatinga e Planícies Litorâneas. Em relação à fauna, os caranguejos se manifestam em diversas espécies na região, como aratu-vermelho, o guaiamum, o uçá e o chama-maré. Mamíferos, répteis e anfíbios também têm seus representantes no local.

Camilo Santana e Artur Bruno na cerimônia de ampliação da área total do Parque Estadual do Cocó (Foto: Divulgação)

Com entusiasmo, o secretário estadual do meio ambiente anunciou a recente ampliação do Parque do Cocó em 10 hectares. Desde quarta-feira (2), a Unidade de Conservação passou a ter uma área de 1.571,29 para 1.581,25 hectares, o que foi instituído pelo governador Camilo Santana. “O Cocó atravessa 15 bairros de Fortaleza. É uma unidade que vai além do município. É um grande patrimônio”, afirmou Camilo durante a cerimônia.

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5 – Baturité

A última área verde da lista é a Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra de Baturité, a primeira e mais extensa APA criada pelo Governo do Estado do Ceará, instituída em 18 de setembro de 1990. Abrangendo uma área de 32.690 hectares, ela está localizada na porção Nordeste do Estado, composta pelos municípios de Aratuba, Baturité, Capistrano, Guaramiranga, Mulungu, Pacoti, Caridade e Redenção.

Serra de Baturité (Foto: Reprodução/Twitter)

Caracterizada por vegetação de Mata Atlântica, biodiversidade abundante com grande valor ecológico, Artur Bruno menciona que a APA abriga a sede do Refúgio da Vida Silvestre (Revis) Periquito Cara-Suja. O Revis é fruto da parceria entre a Sema e a Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) que faz a gestão compartilhada do espaço protegido com a equipe da APA.

“Muitas famílias tradicionais de Fortaleza hoje têm casa na Serra de Baturité. Lá, nos criamos o primeiro Refúgio da Vida Silvestre do Ceará para proteger o Periquito Cara-Suja, ave que estava em extinção. Vários sítios da região, como o do empresário Pio Rodrigues, têm casinhas de madeira para a reprodução da espécie”, explica.

Junho ambiental

Ao longo do mês, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) promoverá diversos eventos – quase todos em formato virtual – que fazem parte da programação do Junho Ambiental. Neste sábado (5), às 9h, haverá a inauguração da Alameda do Pau Brasil na Área Adahil Barreto, no Parque Estadual do Cocó.

“Durante todo o mês, teremos atividades de educação ambiental, contemplação à natureza, debate sobre desenvolvimento sustentável, no formato virtual, transmitido pelo YouTube da Sema em vários municípios. A ideia é fortalecer o sentimento da importância da preservação dos nossos recursos naturais”, explica o titular da Sema, Artur Bruno.

Na cerimônia de ampliação do Parque do Cocó, o secretário projetou que, até o final de 2022, o Ceará vai alcançar quase o dobro do número de Unidades de Conservação no Estado. “Em 2015 nós tínhamos 24 Unidades de Conservação Estaduais. Até o final do ano que vem, nós vamos ter 41”, disse Artur Bruno, explicando que o Ceará também passará a contar com 17 Planos de Manejo, instrumento essencial para diagnóstico e zoneamento das Unidades de Conservação.

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