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Anik Mourão reflete sobre mudanças da Arquitetura no isolamento

27 mar 2021 | Poder

Por Redação

Há pouco mais de um ano, a casa se tornou o local de trabalho de muitos brasileiros que, em alguns casos, precisam também conciliar a moradia com a escola e a diversão dos filhos e o próprio lazer. Agora, mais do que nunca, as pessoas estão mais preocupadas em construir, junto ao arquiteto, projetos de casas funcionais, segundo avalia a arquiteta e designer de interiores Anik Mourão, sobre mudanças de consumo após um ano de isolamento social

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“Aspectos que incomodam facilmente são mudados para tornar a casa mais funcional. Além disso, as pessoas pensam a casa mais para si e não tanto para receber, ou seja, uma casa que atenda a dinâmica de uso da própria família com espaços de home office e de trabalhos que sejam mais reservados ou, ainda, espaços multiusos, que acolhe de várias formas”, detalha a arquiteta. 

De acordo com Anik, há também uma demanda por espaços integrados. “Um espaço amplo e aberto com varandas integradas à sala, mas cada centímetro sendo mais bem pensado e utilizado com layout mais funcional do que pensávamos anteriormente. Uma casa que é mais de dentro do que para fora”, explica. 

Já no design de interiores e na estética dos ambientes, conta a profissional, a mudança de consumo se volta para o bem-estar. “As pessoas buscam ambientes mais leves e espaços mais fluidos, com menos elementos, algo mais do minimalismo. Poucos móveis, mas confortáveis, que tenham uma maleabilidade”, descreve.

De acordo com a arquiteta, as pessoas estão pensando a casa mais para o convívio familiar, não mais para receber amigos. (Foto: Roni Vasconcelos)

As salas, exemplifica a arquiteta, estão mais limpas, confortáveis e com móveis inteligentes, e a união entre design, qualidade e durabilidade tem sido cada vez mais valorizada. “O pouco que é bom, digamos assim”, avalia.

Mudanças no trabalho 

Para além das mudanças nas tendências, a arquiteta também vivencia as transformações no ofício da Arquitetura, uma vez que Fortaleza entrou novamente em isolamento social rígido a fim de diminuir a segunda onda de transmissão do novo coronavírus. 

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Por fazer parte do setor da construção civil, os profissionais de Arquitetura e Urbanismo não foram completamente afetados com a diminuição ou paralisação total das atividades, no entanto, destaca Anik, houveram mudanças importantes no modus operandi cotidiano da profissão. “A gente conseguiu reduzir bastante os encontros pessoais, fazemos tudo virtualmente. Temos tirado muitas dúvidas das obras por videoconferência ou por ligação rápida de vídeo. As coisas estão conseguindo fluir bem, acho que temos ganhado tempo e confiança nesses trâmites”, destaca. 

Amor ao ofício 

Acima de todas as transformações, a paixão de Anik pela atividade que desempenha é evidente, e ela afirma que ser arquiteta é levar a profissão como muito mais do que um ofício. “É direcionar o olhar para o espaço e as pessoas, é enxergar as relações que existem entre material e subjetivo. É, também, transformar desenho e papel em experiência, escala, conforto e deleite. É compreender, traduzir, assistir e realizar o inimaginável”, diz.

Na visão de Anik Mourão, a arquitetura é aquilo que permite dar novos significados ao belo, preservar memórias e recriar o novo. (Foto: Roni Vasconcelos)

Para Anik, ser arquiteta é também ter poder de influenciar a sociedade com novos modos de viver, consumir, explorar e usufruir. “É também estar à serviço da humanidade, com um olhar que se expande para além do muro, cada metro quadrado criado é feito com consciência de seu tempo e das questões do mundo”, defende.

Área que une formas exatas de cálculos e uma subjetividade quase artística, a Arquitetura é, na visão de Anik Mourão, aquilo que permite dar novos significados ao belo, preservar memórias e recriar o novo. “É perdurar e resistir ao tempo. É fazer arte, já que é sobretudo uma manifestação por meio de uma linguagem. Muito me orgulha poder escrever a minha história nessa vida por meio desse olhar, e já nem sei olhar o mundo de outra forma”, finaliza. 

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