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Rachel Gadelha define inovação e escuta como marcas que pretende imprimir à frente do Dragão

6 mar 2021 | Poder

Por Cintia Martins

Antropóloga e mestre em Políticas Públicas e Sociedade, Rachel Gadelha foi anunciada no dia 1º de março como a nova diretora-presidenta do Instituto Dragão do Mar (IDM). A gestora reconhecida pela experiência e excelência em políticas públicas e culturais, definiu que a inovação, a busca pela democratização do acesso à arte, assim como escuta e o respeito no tratar com o público, artistas, fornecedores e colaboradores serão as marcas que pretende imprimir à frente do IDM.

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“São marcas que estavam comigo nos outros trabalhos e produções que estive à frente, porque existe a crença na importância da arte e da cultura para a sociedade, não só como elemento importante de identidade e de expressão cultural, mas entendendo que é um direito de todos, ou seja, direito de ter acesso a um amplo repertório simbólico e de ter acesso a produtos com qualidade técnica e artística para fazer escolhas”, defende.

De acordo com Rachel Gadelha, essas marcas do seu trabalho estiveram presentes quando foi diretora da Via de Comunicação, empresa que inovou ao idealizar e realizar o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga, assim como quando foi diretora de Articulação Institucional do IDM e gestora do Cineteatro São Luiz

“O senso de que ter acesso à arte, ou de democratizar o acesso é uma marca do meu trabalho, e estava muito presente no São Luiz, um espaço de muita qualidade técnica, artística e na prestação do serviço, onde existe um olhar para os artistas e para o público com respeito. No IDM é a mesma coisa, uma vez que é uma instituição que administra espaços públicos de cultura. Desperta a busca por prestar o melhor serviço e de chegar a mais lugares, mas para isso é preciso construir um caminho de forma profissional, no entanto, de forma afetiva com escuta inclusiva, uma vez que é um processo de todos. Todos são convidados porque devem caber todos, é um processo plural”, afirma. 

Antropóloga e mestre em Políticas Públicas e Sociedade, Rachel Gadelha foi anunciada no dia 1º de março como a nova diretora-presidenta do Instituto Dragão do Mar (IDM). (Foto: Divulgação/ Igor de Melo)

Rachel Gadelha assume a direção do IDM após decisão unânime do Conselho e depois da saída, em janeiro de 2021, de Paulo Linhares, que estava desde 2012 à frente do Instituto. Até então, ela ocupava o cargo de diretora de Articulação Institucional do IDM e também estava à frente do Cineteatro São Luiz desde a reabertura do equipamento, em 2015.

Desafios 

À frente do IDM ela sinaliza reforma administrativa pautada em três principais eixos: 1) modernização, transparência e fortalecimento institucional; 2) estruturação da rede dos equipamentos culturais com uma visão sistêmica e sinérgica; 3) maior aproximação e diálogo com as instituições, com as classes artísticas e com a sociedade. 

“O IDM é uma instituição que já nasceu pioneira 23 anos atrás, tendo sido a primeira Organização Social criada no Brasil na área da cultura, ocupando um lugar muito importante de vanguarda e de inspiração para outros projetos. Interpreto que nesse momento devemos parar e fazer uma reforma administrativa para vermos como é possível  modernizar e ter processos mais ágeis e transparentes, que atendam melhor o nosso público, fornecedores e artistas para termos condições de avaliar melhor nossos resultados”, pontua. 

Além da modernização, transparência e fortalecimento institucional, ela pontua que é necessária a estruturação dos 12 equipamentos pertencentes ao Governo do Estado do Ceará para que eles possam “trabalhar com um conceito de rede”. Hoje, o Estado abriga, sob a administração do Instituto Dragão do Mar, espaços como o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Cineteatro São Luiz, Theatro José de Alencar e a Escola Porto Iracema das Artes

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“O Dragão também precisa ampliar o processo de participação social, de escuta, de compartilhamento com a sociedade, artistas, agentes culturais e instituições para ser ainda mais plural e inclusivo. Essas metas são fundamentais nesse período que o Dragão está seguindo em frente e se moderniza para dar conta dos desafios que estão por vir”, defende a diretora-presidente. 

Atravessar a pandemia

No momento em que Rachel Gadelha assume a diretoria do Dragão do Mar, o Ceará e o Brasil vivem uma segunda onda de infecção pela Covid-19. “Nós todos fomos pegos de surpresa quase um ano atrás com a pandemia. Naquela época, os gestores tiveram que se reinventar e descobrir como continuar o trabalho. Acredito que houveram bons aprendizados e bons conteúdos por meio de programações virtuais e trabalhos audiovisuais. Muitos artistas tiveram a oportunidade de ir a lugares que não poderiam, foram extramuros através de lives”, relembra. 

Rachel Gadelha ocupava o cargo de diretora de Articulação Institucional do IDM e também estava à frente do Cineteatro São Luiz desde a reabertura do equipamento. (Foto: Reprodução/ Instagram)

No entanto, ela destaca que quase um ano se passou e a situação ainda é parecida. Ao assumir a direção do IDM na pandemia, ela pondera sobre ações e questionamentos nesse primeiro momento. “Estamos olhando para a frente, mas sem saber ao certo como será o cenário. Vamos continuar com programação virtual e pequenas ações com poucas pessoas. Na verdade, tudo isso é um convite para se reinventar. São questões que nós trabalhadores da arte e da cultura, temos nos feito e devolvemos à sociedade. ‘Como se manter relevante? Qual a importância da arte, da cultura, da beleza, assim como desses momentos de fruição? Qual a importância de tudo isso em nossas vidas? O que vamos fazer daqui para frente?'”, questiona. 

De acordo com ela, não deve-se apenas repetir tudo que já foi feito em 2020. “Devemos repetir o que foi feito de bom, mas trazer novas questões para renovar e estar mais perto do público. São muitos desafios ainda pela frente para atravessar mais um ano desse cenário”, lamenta. Apesar de tantos desafios e questionamentos, ela mantém o otimismo. “Acredito que vamos voltar. E procurar por respostas para todos esses questionamentos é muito instigante porque mantém a nossa mente trabalhando e procurando se aproximar mais do público, ao mesmo tempo em que amplia os equipamentos”, afirma. 

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