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Onélia Santana diz que Mais Infância vai formar uma geração mais acolhedora, pacífica e resiliente

23 dez 2020 | Poder

Por Redação

A primeira-dama do Ceará, Onélia Santana, se destaca por assumir ativamente projetos e ações em favor da primeira infância. Psicopedagoga e doutoranda em Ciências da Saúde, ela é um dos nomes à frente do Programa Mais Infância Ceará, política pública estadual voltada para a infância que auxilia o desenvolvimento infantil através de ações como visitas domiciliares. As atividades realizadas nos 184 municípios cearenses, de acordo com a primeira-dama, irão formar uma geração “mais acolhedora, mais pacífica, mais produtiva e mais resiliente”. 

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“A visita é algo extraordinário, uma vez que o visitador, capacitado pelo Estado, convive diretamente com as dificuldades da família”, descreve Onélia. Muitas vezes, segundo ela, o pai ou a mãe estão desempregados e, em algumas situações, alguém da família é dependente químico, o que deixa ainda mais delicada a situação financeira daquele núcleo.

“O Estado, além de transferir a renda, que são R$ 50 milhões por ano, beneficiando 48 mil famílias, paga uma bolsa para o profissional acompanhar o desenvolvimento infantil das crianças cearenses. Existe, então, um compromisso com a família da criança”, detalha, em entrevista exclusiva ao Site MT.

Desde a criação do Programa Mais Infância Ceará, em 2015, até dezembro deste ano, conforme a primeira-dama, foram realizadas 3,6 milhões de visitas domiciliares nos 184 municípios cearenses. Estas atividades, com foco em famílias que têm crianças de 0 a 5 anos, visam orientar os pais e cuidadores sobre a importância do desenvolvimento infantil, e estão previstas dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (Padin) e do Programa Primeira Infância no SUAS/Criança Feliz – ambos abrigados no grande guarda-chuva do Programa Mais Infância Ceará.

Cultura de violência

“Os profissionais mostram às famílias a importância da presença dos pais, que não é só colocar alimentos na mesa, mas também olhar para os filhos, contar histórias, e não permitir que as crianças presenciem nenhum tipo de violência. De fato, leva-se a compreensão do que é o desenvolvimento infantil”, conta. Ela destaca que nas visitas, muitas vezes, os pais não têm uma consciência clara do que é violência, uma vez que também foram impactados com essa cultura quando eram crianças. “A violência está muito enraizada na nossa história, vem desde a escravidão”, atesta. 

Nome à frente do Mais Infância Ceará, Onélia Leite afirma que as gerações futuras serão mais acolhedoras e resilientes devido ao estímulo no desenvolvimento infantil. (Foto: Alex Campêlo)

Todavia, para quebrar o ciclo de violência entre gerações, de acordo com Onélia Santana, é preciso levar informação, a exemplo dos prejuízos emocionais e cognitivos que podem ser desenvolvidos se uma criança presenciar qualquer tipo de violência. “A partir disso eles começam a repensar certas situações, e não é por não amar o filho [que certas violências são praticadas], porque eles amam os filhos, mas não dizem isso porque não ouviram dos próprios pais lá atrás. Então, porque não dizer agora para os filhos?”, questiona ela.

“Daí começa o fortalecimento dos vínculos familiares, que é nosso foco. Estamos fazendo aos poucos, é uma geração que nós estamos plantando, moldando, e com certeza baseada nas experiência que nós temos de outros programas, bem como nos estudos e evidência científicas, e do trabalho que estamos fazendo no Ceará de visitas domiciliares. Teremos uma geração mais acolhedora, mais pacífica, mais produtiva, mais resiliente, eu não tenho dúvidas disso, é questão de tempo”, projeta. 

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Reconhecimento

Em dezembro de 2020, o Ceará foi o estado mais agraciado do País no “Prêmio Parentalidade: boas práticas de visitadores na pandemia”, promovido pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e a Fundação Bernard van Leer. O reconhecimento valorizou iniciativas de profissionais, em todo o Brasil, que criaram estratégias para seguir acompanhando, durante a pandemia, famílias que antes era monitoradas por meio de visitas domiciliares. Dentre as 100 pessoas reconhecidas no prêmio, 29 eram cearenses.

“É uma satisfação a gente ter recebido um prêmio nacional de todas as experiências de visitantes do Brasil, sendo o Ceará o primeiro lugar com as melhores experiências em visitas domiciliares durante a pandemia, quando o acompanhamento foi feito pelo WhatsApp e à distância”, orgulha-se Onélia. Ela detalha que durante a pandemia os visitadores trocavam mensagens constantemente com as famílias beneficiadas pela política pública a fim de não paralisar o trabalho desenvolvido em prol das famílias e crianças cearenses. 

“É muita gente boa e engajada, querendo ajudar, contaminada com desejo de mudança, em busca de um Ceará mais pacifico, mais acolhedor. Tudo isso a gente vê nas pessoas, desde os professores da Educação Infantil, aos agentes comunitários de saúde, aos visitadores do Criança Feliz e do Padin. Temos uma boa relação com os 184 municípios cearenses e isso nos faz bem, faz gerar bons frutos, esse é o resultado. Essa premiação nos enche de alegria”, comemora a primeira-dama. 

Pilares do crescimento

Estruturado nos pilares Tempo de Nascer, Tempo de Crescer, Tempo de Brincar e Tempo de Aprender, o Mais Infância Ceará visa garantir cuidados materno-infantis, fortalecer vínculos familiares e comunitários, desenvolvimento físico, cognitivo e emocional das crianças, além de universalização da pré-escola e ampliação de creches. As ações desenvolvidas vão desde o combate à extrema pobreza até a promoção de políticas de saúde, educação, assistência social, lazer e cultura.  

O Programa surgiu, conforme Onélia Santana, após ela perceber que não havia políticas públicas voltadas para a primeira infância antes do atual governo. “Desde o começo da campanha [em 2014] percebi o quanto era necessário investir em políticas públicas para a infância. Via o quanto as crianças não tinham espaços de lazer nas praças e locais públicos. E eu como psicopedagoga e educadora sei o quanto é importante estar presente nessa fase, e as políticas públicas, não só estaduais, mas municipais e federais precisam estar voltadas para a primeira infância, uma vez que é uma fase muito importante, que pode definir a fase adulta”, ressalta.

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A fase que corresponde à primeira infância, conforme a primeira-dama, vai desde a gestação até os seis anos de idade. “Esse período é chamado por alguns estudiosos de ‘janela de oportunidade’, em que a criança está em pleno desenvolvimento. Nessa fase ela precisa de estímulos, do afeto da família, precisa do olhar no olho, precisa da atenção, precisa ser ouvida. Todo esse contexto familiar é muito importante, por isso que surgiu o Programa Mais Infância, com os espaços de lazer, porque lidamos com a criança pensando, também, na família e na comunidade, a partir da criança a gente pensa todo o contexto de lazer do espaço público”, observa. 

Resultados

Desde a criação do programa até dezembro deste ano, o Governo do Ceará entregou 265 equipamentos voltados para o desenvolvimento infantil. Entre eles 55 Centros de Educação Infantil (CEIs); 130 briquedopraças; 22 Praças Mais Infância; 35 briquedocreches, duas estações do Praia Acessível; 19 Núcleos de Estimulação Precoce; um Espaço Mais Infância; e uma fábrica para o Mais Nutrição.  “Temos ainda mais 444 equipamentos em andamento, em fase de execução ou licitação”, adianta Onélia Santana.

Psicopedagoga de formação, Onélia diz que ” a partir da criança a gente pensa todo o contexto de lazer do espaço público”. (Foto: Alex Campêlo)

“O brincar é inerente à criança, está dentro de todas elas. Elas querem explorar os espaços, e vejo isso no dia a dia dos meus filhos: a vontade que eles têm de ir à praça, de brincar”, diz ela, citando os filhos Pedro e Luiza, de 10 e 8 anos, respectivamente.

“Os desejos dos meus filhos são os mesmos das outras crianças: brincar, correr, ler, estar em uma escola, ter bons profissionais. É interessante proporcionar a todas as crianças esses espaços de lazer, a exemplo das brinquedopraças”, afirma Onélia.

“Hoje posso dizer que estou feliz, uma vez que muitas e muitas ações já foram realizadas. É uma gratidão a Deus estar aqui contando o quanto a gente sonhou, propôs, estudou, e hoje com todas essas realizações. É um momento muito importante para mim, uma realização”, finaliza.

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