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Além da Edição: como as marcas cearenses se reinventaram na quarentena

3 jul 2020 | Moda

Por Redação

Listadas na nova edição da revista Gente por Márcia Travessoni como as brands locais que têm a cultura cearense como essência, as marcas Todos os Poemas, Gabriela Fiuza e BABA não imaginavam que, na época de publicação da revista, estariam passando por um momento tão ímpar. O Site MT falou com os idealizadores de cada uma para saber o que mudou durante esse tempo e o que estão preparando para os clientes nos próximos meses.

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Todos os Poemas

De acordo com designer Angélica Freitas, a Todos os Poemas já tinha feito todo o plano de uma nova coleção. As peças, que seriam lançadas em abril, retratariam a cidade de Icó, que, segundo ela, tem um valor histórico-cultural importante. No entanto, ressalta, a pandemia alterou o planejamento da marca, pois não haveria como a equipe ir até Icó para que as peças fossem bordadas pelas artesãs da cidade.

“Trocamos muitas ideias nesse processo: pensamos na modelagem, no tecido e na cor, mas o bordado é algo que é muito colaborativo entre nós. Tudo ficou de stand by, e agora estamos voltando. Definimos outros desenhos, outros temas, já que não conseguiríamos ir até Icó”.

Dani Milério, Jô de Paula e Angélica Freitas são as designers à frente da Todos os Poemas, que tem o objetivo de retratar a cultura local e regional. (Foto: Marília Camelo)

O tema, explica Angélica Freitas, foi mudado porque a ideia é que agora a pesquisa seja feita em Fortaleza. “O nosso diferencial é a junção do tradicional e do contemporâneo, porém mantendo a cultura e a estética, a simplicidade e a sofisticação com os elementos da cultura cearense. Nosso trabalho não existe sem o delas, pois é uma interdependência, e a força desta foi percebida agora. Como é importante saber que vivemos em comunidade, é preciso ajudar e apoiar o outro”, diz a designer.

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Gabriela Fiuza

A designer Gabriela Fiuza, à frente da marca que leva o próprio nome, lembra que antes da pandemia uma coleção estava em fase de desenvolvimento. Com a chegada do novo coronavírus e a orientação de quarentena, a marca teve que parar temporariamente a produção.

“Quando tivemos sinais de que íamos voltar, finalizamos o que estava no papel e começamos a produzir. Com isso, lançaremos em julho a nova coleção, que era para estrear no fim de abril, quando estávamos parados”, salienta Gabriela. Ela lembra que fez uma collab com Larissa Proença e Laura Moreira, em que foi pensada uma campanha voltada para o momento pandêmico. Foram listadas quatro palavras que refletem o cenário atual para estamparem as t-shirts: “saudade”, “tempo”, “afeto” e “aqui agora”, esta inspirada em uma música.

O período de distanciamento social, revela Gabriela Fiuza, foi de reinvenção para a marca. (Foto: Marília Camelo)

“A Larissa Proença fez uma poesia linda, e nós fizemos uma campanha super bacana que fez bastante sucesso. Fizemos reposição, porque as camisetas esgotaram em três semanas. Vimos várias marcas fazendo depois, com ideias parecidas. Achamos ruim, mas ao mesmo tempo bom, porque se outras lojas fizeram, é porque a ideia foi legal”, acrescenta.

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O período de distanciamento social, considera a designer, foi de reinvenção, uma vez que a marca sempre prezou pelo atendimento personalizado e teve de abrir mão do que avalia ser um diferencial para investir em vendas online. Para Gabriela Fiuza, as redes sociais foram as forças-motrizes de vendas, e a ideia é que a empresa continue investindo em plataformas digitais. “O nosso e-commerce está em desenvolvimento, porque vimos uma enorme demanda para outras cidades, e o site deixará isso mais fácil”.

BABA

Já para o designer Gabriel Baquit, idealizador da BABA, a pandemia veio como um verdadeiro furação para a marca, que estava com coleção em desenvolvimento, que seria apresentada no DFB Festival. Com as fábricas e lojas inativas por causa do decreto emitido pelo governador, a BABA também parou e teve que definir novas estratégias.

Em contrapartida, destaca Gabriel Baquit, a loja passou a investir mais no online, e a equipe passou a interagir bem mais com os clientes do que tentar vender produtos, convidando os seguidores a se fotografarem em casa com as roupas da BABA.

Gabriel Baquit, idealizador da BABA, afirma que a loja passou a investir mais no online, e a equipe passou a interagir bem mais com os clientes do que tentar vender produtos. Foto: Marília Camelo)

“Foi super legal, e muitas pessoas se empolgaram e mandaram várias fotos. Tivemos esse crescimento nas plataformas digitais, e isso vai ficar para sempre. Era um canal que não era tão importante, mas que agora está sendo o principal, mesmo com a reabertura das lojas”, pontua o Baquit, acrescentando que em abril a marca vendeu máscaras estampadas, feitas a partir do upcycling, o que levou renda para as costureiras.

A cada máscara vendida, conta, uma era doada. Três instituições foram beneficiadas com a ação social desenvolvida pela marca. Na semana do Orgulho LGBTQIA+, celebrada em junho, ressalta Gabriel Baquit, a BABA fez uma canga exclusiva para o Coletivo As Travestidas, e 20% das vendas da marca serão destinados a uma casa que abriga pessoas LGBTQIA+.

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Gabriel Baquit se inspira no Ceará para criar moda

Próxima coleção será lançada no DFB Digifest, que tem inspiração no Centro de Fortaleza, retratando o local no passado, presente e futuro, trazendo ícones arquitetônicos e a cultura underground, que, afirma, era muito celebrada nas décadas passadas na boate Divine, com drag queens, e no Cine Betão, um cinema pornô.

“O Centro tem essa mistura do sagrado e do profano, do moderno e do antigo. Tentamos pegar todo esse turbilhão que é o Centro, que é uma confusão organizada, onde você encontra tudo e você está rodeado de história, que não é preservada, mas ela está ali, e nós tentamos passar isso na coleção, que se chama Viagem ao Centro da Terra“, diz Gabriel Baquit.

ACESSE AQUI A REVISTA GENTE POR MÁRCIA TRAVESSONI

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